Dons e Ministérios

A. W. Tozer disse que a grande tragédia da igreja é a ausência dos dons. Mas que esta página da história da igreja não seja por nós escrita. Pelo contrário, que cooperemos na grande edificação da igreja através da presença do Espírito do Senhor e da prática dos seus dons.

Temos que decidir de que fonte dependemos: ou dos nossos recursos ou dos recursos de Deus. Se dependermos dos nossos recursos, de nada eles servem para edificar a obra de Deus. Mas se dependermos dos recursos de Deus, sua presença, sua palavra e seus dons, então o Senhor pode nos usar como seus instrumentos para edificar a sua igreja.

O significado da palavra “dom”, no original grego, carisma, vem da raiz caris, que significa “dom, graça, dádiva, favor”.

“Dom” significa uma capacidade extraordinária do Espírito Santo que distingue os discípulos, dando-lhes o poder de servir o corpo de Cristo, sendo este poder e seus dons o resultado da graça de Deus operando em suas vidas.

A palavra de Deus diz em 1 Pedro 4.10,11: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”

O que o Senhor nos diz nesta palavra:

–  O Senhor nos deu dons para servirmos uns aos outros (v.10a);

–  Ele nos deu pelo menos um dom para servir (v.10b). Qual é o nosso dom?

–  Devemos servir como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (v.10c);

–  A finalidade dos dons é, pelo lado de Deus, ele ser glorificado; e pelo lado da igreja, ela ser edificada pela multiforme graça de Deus (v.11b);

–  Os dons nos concedem autoridade de Deus e seu poder; por isso, o amor deve reger o uso dos dons (v.8).

Quando estudamos sobre dom, também devemos estudar sobre o caráter, pois dom e caráter andam juntos. O dom trata com o que fazemos para Deus. O caráter trata com o que somos para Deus. Dom sem caráter destrói nossa vida e a vida dos outros. E só caráter sem dom, deixa de edificar a nossa vida e a vida dos outros com as bênçãos de Deus. Que nós não sejamos como aqueles carismáticos que comparecerão diante do juízo de Deus, que tinham muitos dons e nada de caráter, sendo por ele reprovados. Eles disseram: “Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado no teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?”. E o Senhor respondeu: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mateus 7.22,23). Eles eram usados mas não aprovados pelo Senhor. Mas que nós sejamos aprovados e usados por ele.

Na palavra de Deus encontramos os encargos na igreja de Deus, as funções no corpo de Cristo e a manifestação do Espírito Santo.

SERVINDO CONFORME O DOM – 1 Pedro 4.10

ENCARGOS FUNÇÕES MANIFESTAÇÃO
1 Timóteo 3:1-10
Filipenses 1:1
DONS DE DEUS
Roamanos 12:3-8
DONS DO ESPÍRITO
1 Coríntios 12:4-10
Presbíteros
Diáconos
Profecia
Ministério ou Serviço
Ensino
Exortar ou Fortalecer
Contribuir
Presidir
Misericórdia
Palavra da sabedoria
Palavra do conhecimento

Dons de curar
Operações de milagres
Profecia
Discernimento de espíritos
Variedade de línguas
Interpretação
DONS DE CRISTO
Efésios 4:11
Apóstolos
Profetas
Evangelistas
Pastores e Mestres
1 Coríntios 12:28
repetidos)
Apóstolos
Profetas
Mestres
Operadores de milagres
Dons de curar
Socorros
Governos
Variedade de línguas

Encargos referem-se à presidência da igreja de Deus na localidade.
São dois encargos: presbíteros e diáconos: (Filipenses 1.1; 1 Timóteo 3.1-10).

PRESBÍTEROS
Os presbíteros também são chamados de bispos e pastores (Atos 20.17,28; Tito 1.5,7).

1. Presbíteros: Transliterado do grego presbíteros. Présbus significa: “velho”; Teros, grau comparativo, significa: “mais”. Presbíteros são “os mais velhos, maduros”. São maduros na fé, não tanto na idade.

2. Bispos: Do grego epískopos. Epi significa: “por cima”; Skopos significa: “vigia”. Bispos são “os que vêem por cima, os supervisores da igreja”.

3. Pastores: Do grego poimén. O verbo usado é poimano. Significa: “pastorear, apascentar”.

Dos encargos, apontaremos alguns:

1. Eles cuidam ou presidem a igreja local, nunca governam (1 Timóteo 3.5; 5.17). Quem governa é o Espírito Santo.

2. Eles ordenam os vínculos no corpo de Cristo para que desempenhem seu serviço e recebam edificação (Efésios 4.11,12).

3. Eles ensinam, exortam, disciplinam (1 Timóteo 3.2; Tito 1.9).

Os presbíteros são reconhecidos pela igreja e ordenados pelas mãos dos apóstolos: “E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orarem com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido” (Atos 14.23). A palavra “eleição”, do grego queirotonésantes, significa “apontando com a mão”. Os presbíteros não são eleitos pelas mãos dos discípulos de uma igreja local, mas pelas mãos dos apóstolos que a supervisionam.

O ministério do presbítero é plural (Atos 14.23; 15.4; 20.17). Os presbíteros formam o presbitério (1 Timóteo 4.14).

DIÁCONOS
Quantos aos diáconos, eles servem, auxiliam os presbíteros em toda obra (1 Timóteo 3.8-13). A palavra diácono vem do verbo grego diaconéo, que significa “o que serve”.

Possivelmente encontramos sua origem em Atos 6, quando foi necessário o serviço de alguns irmãos na distribuição diária de alimentação às viúvas. Mas ainda não é o diaconato em toda sua expressão ministerial.

Temos aprendido que os diáconos não apenas servem as necessidades dos irmãos, mas servem em tudo aquilo que é necessário para o trabalho local, debaixo da supervisão dos presbíteros.

FUNÇÕES
Referem-se aos dons para o serviço que prestamos no corpo de Cristo. Encontramos duas listas destas funções: são os dons de Deus (Romanos 12.3-8), e os dons de Cristo (Efésios 4.11,12).

1. OS DONS DE DEUS

São dons de Deus: Romanos 12.1-8. O v. 3 destaca que são de Deus estes dons.

São descobertos após nossa conversão e consagração, impulsionando-nos a servir no corpo de Cristo (v.1,2).

Estas três listas de dons têm uma distinção. Enquanto em 1 Coríntios 12, os dons do Espírito Santo nós devemos procurar, e em Efésios 4, os dons de Cristo são dons nos quais nos tornamos, em Romanos 12, os dons de Deus nós devemos descobrir.

Há quem veja nestes dons de Deus dons básicos de motivação espiritual ou um impulso interior existente em nossa personalidade, que nos incita a servir em determinadas direções na vida do corpo de Cristo.

Em cada um de nós Deus embute em nossa personalidade, no momento da concepção, certas aptidões e capacidades que, mais tarde, se tornam observáveis mediante o crescimento e desenvolvimento (Salmo 129.13-18). Imediatamente após nossa conversão, pelo menos uma de nossas capacidades básicas é aproveitada pelo Espírito, a fim de que se torne nossa contribuição específica no corpo de Cristo.

Para Deus nos usar em seus dons precisamos ter uma mente renovada. É uma mente que não mais se conforma com o padrão do mundo, mas é transformada pelo padrão de Deus, Romanos 12.1,2. Assim, podemos conhecer e experimentar a vontade de Deus e os dons que ele nos deu para servirmos no corpo de Cristo.

1.1 PROFECIA

Do grego, profeteia, literalmente significa “falar no lugar de alguém”. É a capacidade dada por Deus para falarmos diretamente da parte de Deus aos homens, edificando, exortando e consolando (1 Coríntios 14.3).

Este dom não se refere à pregação. Se fosse, a palavra grega seria kerusso, que significa “pregar, falar, anunciar”. Em 1 Timóteo 2.7, quando diz Paulo que foi chamado para ser “pregador”, no grego é kerux. Daqui vem a palavra kerygma, a proclamação evangelística da vida e obra de Jesus.

Enquanto em 1 Coríntios 12 o caráter da profecia é mais uma manifestação imediata, em Romanos 12, por ser uma função, ela é mais permanente. Este é um dom básico para o ministério de profeta.

1.2 MINISTÉRIO ou SERVIÇO

Do grego diaconia.

Significa: “ministério, serviço”. É a capacidade dada por Deus para vermos as necessidades dos outros e supri-las.

Quanto ao serviço, todos devem servir, conforme as mutualidades: “Servi uns aos outros…” (1 Pedro 4.10). Muitos têm este dom de servir, conforme os dons de Deus (Romanos 12). E uns porque já servem, são reconhecidos como diáconos, isto é, os servidores, auxiliares dos presbíteros (Filipenses 1.1). O dom do serviço é base para o diaconato.

Nosso maior exemplo de vida de serviço é o Senhor Jesus. Ele diz que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida por nós (Mateus 20.28).

1.3 ENSINO

Do grego didaquê. Daqui vem a palavra didático. É a capacidade dada por Deus para expormos com clareza e convicção as verdades do ensino de Cristo.

O mestre na época de Jesus e dos apóstolos era conhecido não só por seus ensinamentos, mas pelo seu modelo de vida. Como Jesus, o mestre por excelência, aquele que tem o dom de mestre deve segui-lo (João 13.13,15).

Quanto ao ensino, todos nós, conforme as mutualidades, devemos instruir uns aos outros (Colossenses 3.16). Quanto ao discipulado, todos devem ensinar os discípulos que servem (Mateus 28.19). Quanto ao dom de ensino, muitos têm este dom de Deus (Romanos 12). E quanto ao dom de Cristo uns são pastores e mestres (Efésios 4.11).

Este dom é base para o ministério de mestre.

1.4 EXORTAR ou FORTALECER

Do grego parákletos, significa “aquele que está ao lado para ajudar, consolar, fortalecer, defender”.

O Espírito Santo assim é chamado na palavra de Deus. É traduzido por “Paráclito, Consolador, Advogado” (João 14.16; 16.7; 1 João 2.1).

Este dom é a capacidade dada por Deus para fortalecermos quem se encontra em dificuldade, desanimado, triste. Todos nós, conforme as mutualidades, devemos fortalecer uns aos outros (Hebreus 3.12,13), mas muitos têm este dom de Deus (Romanos 12).

1.5 CONTRIBUIR

Do grego metadídomi, significa: “doar, compartilhar, investir”. É a capacidade dada por Deus para sabermos administrar bem nossas finanças e contribuir na obra de Deus.

Todos nós devemos contribuir: “Cada um contribua…” (2 Coríntios 9.7), mas muitos têm este dom de contribuir (Romanos 12).

1.6 PRESIDIR

Do grego próistemi, significa “ficar de pé na frente”. É a capacidade dada por Deus para liderarmos e ajudarmos nas atividades dos outros.

Apesar de muitos terem este dom de presidir (Romanos 12), uns presidem como presbíteros da igreja. A palavra próistemi aparece associada aos presbíteros (1 Tessalonicenses 5.12; 1 Timóteo 5.17). Este dom é base para o presbiterato.

Jesus, quando viu com compaixão a multidão exausta e aflita como ovelhas sem pastor, proveu líderes para ela dos seus discípulos (Mateus 9.35-38 e 10.1,5a).

1.7 MISERICÓRDIA

Do grego éleos. É a capacidade dada por Deus para termos compaixão dos fracos, antipáticos, mal vistos, mal cheirosos.

Sua particularidade é que este dom revela o caráter de Deus. Deus é misericordioso. E nós, como seus filhos, também devemos ser.

Mas muitos têm este dom em sua vida (Romanos 12). A parábola do bom samaritano demonstra com clareza o dom de misericórdia (Lucas 10.29-37).

O cuidado que devemos ter é quanto a muitas pessoas com este dom de Deus, que começam identificando-se com o pecador e terminam escravos dos pecados dele.

2. OS DONS DE CRISTO

São dons de Cristo os mencionados em Efésios 4.7-16. O versículo 7 destaca que são de Cristo estes dons.

A singularidade destes dons é que os homens não recebem estes dons, mas se tornam dons. O verbo “concedeu” aparece tanto no v.8 como no v.11. No v.8 diz que Cristo concedeu dons aos homens; e no v.11 diz que estes dons são os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Há uma diferença entre ter um dom e ser um dom. No caso dos dons de Cristo, são homens-dons que o Senhor concedeu à igreja.

2.1 APÓSTOLOS

Do grego apóstolos, significa “enviado”. Eles são concedidos à igreja para estabelecerem ou corrigirem seu fundamento que é Cristo.

Jesus é o apóstolo do Pai (Hebreus 3.1).

Os doze são apóstolos de Cristo (Lucas 6.13).

Os demais apóstolos da igreja são do Espírito Santo.

Quanto à obra, o apóstolo é:

1) Iniciador. Ele começa a obra (Romanos 15.18-21).

2) Alicerçador. Ele a fundamenta (1 Coríntios 3.10,110).

3) Supervisor. (Atos 1.20: “encargo”, do grego epíscopos, significa “supervisor”): a) na doutrina (Efésios 2.20); b) na disciplina (2 Timóteo 2.24,25); c) na ordenação de presbíteros e diáconos (Atos 14.23).

Exemplo: Paulo e a igreja de Corinto (Atos 18 e cartas).

2.2 PROFETAS

Do grego profetas, significa “aqueles que falam da parte de Deus”. Eles são concedidos à igreja para darem visão e direção de Deus.

Exemplos: Ágabo, Barnabé, Simeão ou Níger, Lúcio, Manaém, Paulo, Judas, Silas (Atos 11.27; 13.1; 15.32).

É importante saber que nem todo o que profetiza é profeta. A razão é que Deus concedeu uns para profetas, mas quanto a profetizar, todos podem profetizar. Comparar Efésios 4.11 com 1 Coríntios 14.31. Enquanto ser profeta é um ministério permanente dos dons de Cristo, profetizar é uma manifestação esporádica dos dons do Espírito Santo.

Quanto à obra, o profeta é:

1) Alicerçador. Junto com os apóstolos, ele a fundamenta (Efésios 2.20).

2) Revelador da vontade de Deus. Ele revela acontecimentos presentes e futuros (Efésios 3.3-6).

3) Intercessor (Atos 13.1-3).

Exemplo: Ágabo (Atos 11.27-30; 21.10,11).

2.3 EVANGELISTAS

Do grego, evaggelistas, significa “aqueles que proclamam as boas novas”. Eles são concedidos à igreja para alcançarem os perdidos e colherem muitos frutos de vidas salvas.

Apesar de todos deverem evangelizar como testemunhas (Atos 1.8), só uns são evangelistas.

Quanto à obra, o evangelista é:

1) Pregador (1 Coríntios 9.16);

2) Alcançador dos perdidos (Romanos 10.14,15);

3)  Mobilizador da igreja à evangelização (2 Timóteo 4.5).

Exemplo: Filipe (Atos 21.8). O trabalho evangelístico em Samaria (Atos 8.5,12).

2.4 PASTORES E MESTRES

Do grego poimén, “pastor”; e didáscalos, “mestre”, significa aqueles que são “pastores e mestres”. Eles são concedidos à igreja para pastorearem e ensinarem o rebanho de Deus.

A preposição “e” sugere um só ministério, apesar de haver na igreja também mestres, conforme os dons de Deus (Romanos 12).

Quanto à obra, o pastor e mestre é:

1) Apascentador e vigia do rebanho (Atos 20.28 e 29-31).

2) Ensinador (1 Timóteo 3.1,2).

3) Reconciliador das ovelhas (2 Timóteo 2.24-26).

Exemplo: Pedro. Ele era tanto um pastor e mestre como um presbítero em Jerusalém (1 Pedro 5.1).

MANIFESTAÇÃO
Refere-se aos dons sobrenaturais e ocasionais do Espírito Santo. São os dons do Espírito Santo: 1 Coríntios 12.1-11. O versículo 7 destaca que estes dons são do Espírito Santo.

A particularidade destes dons é que nós podemos procurá-los (1 Coríntios 12.31; 14.1,12,39). Mas por que podemos procurá-los? Porque o Senhor quer ver em nós zelo por ele e seus dons (1 Coríntios 12.31). Porém, a sua manifestação depende somente da vontade soberana do Espírito (v.11).

Os dons são distribuídos em três categorias:

1. Dons de revelação: palavra da sabedoria, palavra do conhecimento e discernimento de espíritos.

2. Dons de poder: fé, operações de milagres e dons de curar.

3. Dons vocais: profecia, variedade de línguas e interpretação.

1. DONS DE REVELAÇÃO

Referem-se ao conhecimento sobrenatural do Espírito Santo.

1.1 PALAVRA DA SABEDORIA

A palavra da sabedoria é a manifestação do Espírito Santo que nos capacita para respondermos diante de situações difíceis.

O dom da sabedoria e a palavra do conhecimento andam juntos

Colossenses 2.3). O dom da sabedoria traz a reta aplicação do conhecimento.
O dom da palavra da sabedoria não se refere a toda sabedoria, mas apenas uma palavra de sabedoria.

1.2 PALAVRA DO CONHECIMENTO

A palavra do conhecimento é a manifestação do Espírito Santo que nos revela o conhecimento de Deus em uma situação que nos é ignorada.

O dom da palavra do conhecimento não se refere a todo o conhecimento, mas apenas uma palavra do conhecimento. Este conhecimento revela coisas ocultas ou pecados, traz pessoas para Deus, dá orientação para a vida, encoraja em tempos de desânimo.

1.3 DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS

O discernimento de espíritos é a manifestação do Espírito Santo nos capacitando a discernir que espírito está se manifestando numa pessoa ou situação: se é de Deus, do homem ou de Satanás (1 João 4.1).

É um dom extremamente necessário nestes dias, devido às atividades satânicas de espíritos enganadores e ensinos de demônios (1 Timóteo 4.1).

2. DONS DE PODER

Referem-se à intervenção sobrenatural do poder do Espírito Santo.

2.1 FÉ

A fé é uma manifestação do Espírito Santo que opera em nós a confiança que o próprio Deus tem em si mesmo que é capaz de remover obstáculos que parecem ser impossíveis de superar, e realizar obras que excedem totalmente a capacidade e os recursos do homem.

Esta fé não é a fé salvadora (Efésios 2.8); não é a fé ou fidelidade para viver a vida cristã (Gálatas 5.22,23); mas é o dom da fé para servir.

2.2 OPERAÇÕES DE MILAGRES

As operações de milagres são manifestações do Espírito Santo que superam as leis naturais de tal forma que demonstram o poder miraculoso de Deus.

No grego, a palavra milagres é dínamos, que significa “poder, força”. Esta palavra é a mesma que aparece em Atos 1.8.

2.3 DONS DE CURAR

Os dons de curar são uma manifestação do Espírito Santo, que distribui seus dons para realizar curas em diversas enfermidades, seja em relação ao corpo, à alma ou ao espírito.

No grego este dom está no plural: dons de curas. Isto significa que o Espírito reparte dons específicos para pessoas específicas ministrarem segundo necessidades específicas, seja no corpo, na alma ou no espírito. Jesus curava “toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo” (Mateus 4.23).

3. DONS VOCAIS

Referem-se à comunicação sobrenatural do Espírito Santo, usando o pronunciamento humano.

3.1 PROFECIA

Profecia, do grego profetéia, é a manifestação do Espírito Santo para falarmos diretamente da parte de Deus aos homens, edificando, exortando e consolando.
De todos os dons, Paulo destaca a importância da profecia, devido sua comunicação clara aos ouvintes. Este é o tema de 1 Coríntios 14.

3.2 VARIEDADE DE LÍNGUAS

A variedade de línguas é a manifestação do Espírito Santo para falarmos as suas línguas. No grego, a palavra é glossai, que significa “línguas”.

No livro de Atos vemos que todos que eram batizados no Espírito Santo falavam em línguas: no Pentecostes (Atos 2.4); Cornélio e sua casa (Atos 10.44-47); os doze de Éfeso (Atos 19.1-7). Foi a experiência de Paulo (1 Coríntios 14.18).

3.3 INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS

É uma manifestação e capacitação do Espírito Santo para dar interpretação ao significado das suas línguas.

A interpretação de línguas, podemos dizer, tem dois acessos, a Deus e aos homens. A Deus, quando ele é exaltado pelas suas grandezas (Atos 2.11; 10.46; 1 Coríntios 14.13-17); e aos homens, quando há uma mensagem de Deus a eles (1 Coríntios 14.21).

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