Sobre Negar-Se A Si Mesmo

“Jesus dizia a todos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.” – Lucas 9:23

A fim de compreender esta solene declaração de nosso Senhor temos que decidir um ponto de grande importância: “Em que consiste a verdadeira idéia de tomar a cruz e negar-se a si mesmo?”

Esta pergunta pressupõe a existência de apetites e inclinações que apelam à satisfação, à vida fácil e mole, e logo significa, de modo evidente, que em alguns casos esta satisfação deve ser recusada. Este é o ponto preciso do texto; um homem que quer seguir a Cristo deve negar-se a si mesmo no sentido de negar-se a satisfação de todos os apetites e inclinações, sempre e quando estas satisfações sejam proibidas pela lei do amor. Dentro dos limites da lei de Deus, estes apetites de nossa constituição podem ser permitidos; mais além destes limites, devem ser rejeitados. Em qualquer ponto em que vão em contra da lei de do amor de Deus ou o amor aos homens, devem ser negados.

O que pede, portanto, a lei do reino de Cristo é que consulte e obedeça a vontade de Cristo em todo este assunto da satisfação para consigo mesmo; que não obedeça aos desejos ou apetites – que nunca satisfaça teu amor à aprovação – nunca busque forma alguma de desfrute pessoal em desobediência a Cristo. Não deves fazer isto nunca quando sabes qual é Teu dever, pois do contrário desagradarás a Deus, já que é evidente que Ele tem o direito de controlar tuas próprias forças.

Baixo a este princípio você tem que fazer todo seu dever a seu próximo, seja aos seus corpos ou a suas almas, negando todos os desejos e tendências mundanas que poderiam entrar em conflito com teu dever, fazendo de Jesus Cristo mesmo teu modelo e que sua expressa vontade seja tua regra perpétua de conduta.

Muitos vão perguntar-se: Por que exige Cristo de nós este negar-se a si mesmo?

Seria porque Deus quer ver que nos mortificamos, por que tem prazer em que crucifiquemos nossa sensibilidade ao gozo, que ele mesmo nos deu? De nenhuma maneira. A verdadeira resposta tem que ser encontrada no fato de que Ele nos fez seres morais e racionais: nossas faculdades racionais estão planejadas para controlar nossas atividades voluntárias, e nossa natureza moral para fazer-nos responsáveis do controle de nós mesmos ao que Deus requer. Nas ordens inferiores da criação que nos rodeia, vemos animais isentos de responsabilidade moral, porque são irracionais e incapazes de ação moral responsável. Para eles, a tendência natural é a lei, porque não conhecem outra. Mas nós temos uma lei mais elevada para obedecer. O maior bem dos animais é proporcionado por sua obediência a mera lei física; mas não é assim com nós. Nossos sentidos são cegos moralmente e portanto Deus nunca quis que regessem nossa vida. Para proporcionar-nos uma regra apropriada, Deus nos deu a inteligência e a consciência. O apetite, portanto, não pode ser nossa regra, entretanto é e tem que ser a regra de todos os animais.

Agora bem, é um fato que nossos sentidos não estão em harmonia com nossa consciência, e que às vezes pedem satisfação ou prazer quando, tanto a razão como a consciência, o proíbem.

Se nos entregamos ao domínio do apetite e dos sentidos sem norma ou critério, sem dúvida vamos perder o caminho. Estes apetites crescem quando os mimamos; um fato que por si mesmo explica porque Deus nunca quis que fossem nossa regra. Às vezes se formam apetites artificiais, de tal natureza que seus efeitos são extremamente perniciosos.

Nestes casos somos lançados a um estado de guerra. Nossos apetites nos fazem apelação constante, reclamando satisfação e liberdade, e a lei de Deus e a voz de nossa razão, fazem apelação constante contra os sentidos, instando-os a que nos neguemos a nós mesmos e encontremos nosso bem supremo na obediência a Deus. Deus e a razão requerem que nos abstenhamos e resistamos aos pedidos do apetite de modo sério e firme. Notemos aqui que Deus não requer esta resistência, sem ao mesmo tempo prometer-nos ajuda no conflito. É notável a forma em que a ressaltada oposição aos apetites no nome de Cristo, baixo as exigências da consciência, permitirá claramente vencê-los. Ocorrem casos, com freqüência, nos quais os apetites mais despóticos e exigentes foram dominados pela vontade, baixo aos mandatos da consciência e com a ajuda de Deus. Ao instante ficam subjulgados e a consciência fica em paz e sossego.

Vamos a considerar aqui com atenção o fato que nos damos em conta de ter uma natureza espiritual e moral além da física. Temos uma consciência, e temos afetos referentes a Deus, como também os temos com respeito as coisas terrenas. Há uma formosura na santidade, e há coisas relacionadas com nosso gostos espirituais como há os físicos. Baixo ao próprio cuidado e esforço, nossa natureza física se desenvolve até os objetos terrenos. Somos seres sociais em nossas relações terrenas, e não menos em nossa natureza espiritual. Somos sociais espiritualmente o mesmo que fisicamente, ainda que não nos demos conta disso, porque nossa sociabilidade espiritual pode ter ficado sem ter sido cultivada e desenvolvida. Mas necessitamos realmente de comunhão divina ou espiritual com Deus, comunhão social com nosso Criador. Antes da regeneração, nossa capacidade moral era um deserto. Todos os homens têm consciência e pode ser que se dêem conta disso, mas não têm afeto espiritual a Deus e por isso supõem que a religião é algo muito seco. Não podem ver como podem gozar da presença de Deus e da oração. Estão despertos para a comunhão e amizade terrenas, mas mortos para a comunhão e amizade com Deus. Seu amor na forma de afeto tem sido atraído aos homens, mas não a Deus. Parece que não se dão em conta de que eles têm uma natureza capaz de ser desenvolvida em afetos de amor a seu divino Pai. Daqui que não vêem como podem gozar da religião e seus deveres religiosos. A frieza da morte entra em suas almas quando pensam nele.

Este lado espiritual de nossa natureza necessita ser cultivado. Tem estado abandonado longo tempo, e afastado, e tem uma grande necessidade de ser levantado. Mas para conseguirmos e desenvolver o lado espiritual de nossa natureza, é indispensável que o lado mundano seja afastado e rebaixado. Porque a carne é um perigoso inimigo da graça. Não há harmonia, senão antagonismo e repulsão entre os afetos terrenos e os celestiais. A menos que subjulguemos a carne, morreremos. E só quando mortificamos as obras do corpo, por meio do Espírito, podemos viver.

A igreja de Roma em épocas passadas se distinguiu pelas mortificações à carne, externamente consideradas. Estas mortificações foram eliminadas no mundo protestante, e com isso foi ao extremo oposto. Entre todos os sermões protestantes que tenho escutado, não lembro de nenhum sobre o tema de levar a cruz e negar-se a si mesmo. Devo crer que este tema é descuidado em grande maneira em nossas igrejas protestantes. A Roma papal chegou a extremos desbocados com esta idéia; os protestantes no oposto. Portanto, necessitamos fazer um esforço especial para evitar esta tendência e entrar na razão, sentido e na Escritura.

Até que me converti nunca soube que tinha afetos religiosos. Não sabia, inclusive, que tinha alguma capacidade para emoções espontâneas, profundas, que fluiriam a Deus. Isto era uma ignorância escura e pavorosa, e é fácil supor que conhecia muito pouco gozo real enquanto que minha alma estava em perfeita ignorância da mesma idéia de gozo espiritual real. Mas vejo que esta ausência de idéias corretas sobre Deus não é rara. Se buscamos encontraremos que esta é a experiência comum das pessoas não convertidas.

Todos sabemos que a satisfação da natureza animal é o prazer: não prazer ou gozo da classe mais elevada, mas um forma de prazer. Quanto mais gozosas hão de ser as satisfações de nossos afetos morais mais nobres. Quando a alma chega a uma festa em seus afetos espirituais começa a saborear a felicidade real, uma felicidade como a do céu! Temo que muitos não tenham compreendido o que a Bíblia quer dizer com “bem-aventurança”.

Agora temos que considerar bem que este lado espiritual de nossa natureza pode ser desenvolvido e satisfeito só por meio de uma benevolente negação ou contrariedade de nossos apetites, um contrariar os apetites baixo às exigências da benevolência real a nossos próximos e a Deus. Este deve ser nosso objetivo; porque se fazemos de nossa felicidade pessoal nosso objetivo, nunca vamos alcançar o gozo exaltado da verdadeira comunhão com Deus.

É curioso ver como a sensibilidade se relaciona com o negar-se a si mesmo, de modo que o negar-nos a nós mesmos, por motivos retos, passa a ser o meio natural e necessário de desenvolver nossos afetos espirituais. Começando com o tomar sua cruz, um vai, passo a passo, amortecendo as auto-complacências, as auto-satisfações, e abrindo mais e mais seu coração para a comunhão com Deus e a experiência mais madura de seu amor.

Uma nova razão pela que os homens deveriam negar-se a si mesmos é que é intrinsecamente reto. Os apetites inferiores não deveriam reger-nos; as leis mais elevadas de nossa natureza sim devem fazê-lo. A evidência que prova que o dever de seres criados racionalmente é usar sua razão, e não degradar-nos ao nível das bestas.

Outra razão é que podemos permitirmo-nos, pois vamos a sair ganhando com ele. Admito que quando nos resistimos e nos negamos às exigências da auto-satisfação, a coisa vai contra a “felicidade” de modo direto; mas no lado espiritual ganhamos imensamente, muito mais do que perdemos. A satisfação que conseguimos do negar-nos a nós mesmos é preciosa. É rica em qualidade e profunda e larga como o oceano em sua importância.

Muitos pensam que se têm que encontrar prazer devem buscá-lo diretamente e fazer dele um objetivo direto, buscando-o, além do mais, na satisfação de seus apetites. Não conhecem outra forma de felicidade que esta. Parece que nunca conceberam a idéia de que o gozar realmente é realmente o negar-se a si mesmo, plenamente, segundo as exigências da razão, o reto, e a vontade revelada de Deus. Contudo, esta é a lei mais essencial da verdadeira felicidade. De onde se começa a evitar a cruz, ali termina a verdadeira religião. Você pode orar em sua família, pode reprovar o pecado aonde queira que te ofenda, e pode fazer tudo isto sem negar-se a si mesmo cristão; mas enquanto você vive em hábitos de auto-satisfação, não pode defender a Cristo e fazer teu dever em todas partes com vigor, e especialmente te encontrarás debilitado quando o caminho do dever te conduza a lugares em que sejam feridos teus sentimentos. E ninguém pode esperar escapar deste tipo de situações sempre. Se você quer manter-se no caminho do dever sem desviar-se, e gozar da vida real e da bem-aventurança, deve decidir-se a negar-se a si mesmo o que Deus e a razão o peçam, e plenamente, até onde te seja requerido. Deste modo ganharás mais do que vai perder. Se estás resolvido e decidido teu caminho será fácil e gozoso.

Ocorre às vezes que a corrente total dos sentimentos de um cristão é a auto-satisfação, de modo que caso se lhe permite que e se guie por seus sentimentos sem dúvida terminará em um naufrágio da alma. Deus, por sua parte, lhe encerra na fé simples. Então, se segue a direção do Senhor, triunfará, e de repente sua alma “será como os carros de Abinabad”. Se encontra em minha mente agora o caso de um homem que viveu uma vez aqui. Depois de um período de vida cristã, saiu do meio de nós, se apartou de Deus gravemente, se transformou praticamente num infiel, se fez espírita swedenborgiano, chegou a ser rico, e quando alguém podia supor que havia alcançado as alturas da felicidade terrena, e ele mesmo supunha, de repente entrou num período em que se sentia totalmente desgraçado. Se viu forçado a voltar a si mesmo e disse: “Devo voltar a Deus e fazer sua vontade, toda ela, seja o que seja, ou vou perecer”. Vou extinguir toda afeição do mundo”, disse. “Nada que seja hostil a Deus vai ser tolerado por mim nem se quer um momento.” Tão pronto como fez isso, toda sua vida e seus gozos na religião regressaram nele. Então sua esposa e seus vizinhos disseram dele: “É verdadeiramente um novo homem em Cristo Jesus.” A partir daquele dia a paz de Deus regeu seu coração e sua taça de gozo transbordou. Qualquer homem, portanto, pode permitir-se negar-se a si mesmo, pois com isso abre seu coração aos gozos da vida imortal e a paz. Este é o caminho real da felicidade.

Este ponto explica muitos dos fatos da experiência cristã que de outro modo parecem estranhos. Aqui temos um homem que não pode orar diante de sua família. Inquire mais profundamente em seu caso e provavelmente encontrarás que não pode gozar em nenhum de seus deveres religiosos. Inquire mais na causa e encontrarás que não se nega a nada a si mesmo, que sua vida está regida pelas leis da auto-satisfação. Como pode este homem agradar a Deus assim.

Outro não pode sair e confessar a Cristo diante dos homens. A verdade é provavelmente que não decidiu negar-se a si mesmo nada. Ao contrário, a quem nega realmente é a Cristo. Esquiva a cruz. Ah, este não é o caminho do céu. Neste caminho não se pode ter  comunhão com Deus. Prova-o mais vezes e encontrará sempre o mesmo resultado: não há paz, não há comunhão com Deus.

Nosso texto diz: “Tomem a vossa cruz diariamente.” E isto é o que deves fazer. Este é o único caminho possível para viver santamente. E deves fazê-lo de modo firme, sério, contínuo. Deve ser a obra de sua vida, exceto quando haja descanso ao ganhar uma vitória substancial sobre tuas tendências à auto-satisfação. Se um homem tenta dominar seu apetite pelas bebidas alcoólicas e o faz só em ocasiões, digamos um dia ou uma semana, e logo se permite liberdades entre estes períodos: deve fracassar totalmente. Nunca vai conseguir nada a menos que tome sua cruz diariamente e a leve a todo tempo. Deve perseverar em absoluto, ou seus esforços não servirão para nada. Precisamente, em proporção ao perseverante que seja em tomar sua cruz, esta vai fazer-se mais ligeira e ele mais forte para levá-la. Quando um homem de modo resolvido declara: com a ajuda de Deus nenhuma concupiscência, nenhum apetite vai dominar sobre mim, e logo se mantêm firme, sairá vencedor. Ainda que ao princípio empreendas esta obra tremendo, se persistes, ganharás terreno. Estes apetites vão poder cada vez menos em ti. O levar a cruz te fará mais forte para a tarefa total da vida cristã.

O evitar a cruz entristece ao Espírito. Se descuidas de teu dever, se deixas de orar na família, pelo fato talvez que há convidados presentes, podes estar seguro que isto entristece ao Espírito de Deus. Satanás lança estas tentações em teu caminho, e você lhe dá toda classe de vantagens contra ti. É possível que tentes orar nestas condições; mas, oh, Deus não está contigo! Tem estado em uma situação em que devias ter  feito algumas coisas desagradáveis à carne e ao sangue; tem fugido de fazer teu dever; tem ido dormir quando devia fazer teu dever. O que aconteceu então com a tua alma? Não apareceram espessas nuvens que interceptaram a luz de rosto de Deus? Tiveste o consolo de sua presença? Tiveste comunhão com o Salvador? Faça uma pausa, por um momento, e peça a resposta a seu coração.

Conclusão

Enquanto que sua sensibilidade religiosa não tenha se desenvolvido, a pessoa sente uma forte atração pelos afetos do mundo. O que sabe dos afetos religiosos do coração? O que sabe do amor real de Deus, ou da presença do testemunho do Espírito em seu coração de que é filho de Deus? Na realidade, nada. Nunca foi mais além de suas tendências dos sentidos. Naturalmente não tem dado ainda os primeiros passos ao desenvolvimento dos afetos celestiais do coração. Por conseguinte só desfruta no que é terreno. Seu coração está aqui embaixo. Mas a medida que se nega a si mesmo vai dando-se em conta e ajustando-se a sua natureza espiritual.

É uma coisa grande e bem-aventurada para o cristão o achar que sua natureza vai sendo conformada mais e mais, de modo progressivo, em Deus; o falar que vai avançando pelo bom caminho e ajustando-se, baixo a graça divina, as demandas da benevolência.

Caso se persista em levar a cruz o resultado é um ambiente maduro espiritualmente. A alma anela intensamente as manifestações espirituais e ama a comunhão com Deus. O ouvimos dizer: Quão formoso são as lembranças daquelas cenas em que minha alma estava em tranqüilidade diante de Deus! Como gozava minha alma de sua presença! Agora me dou em conta de um vazio doloroso em mim, a menos que Deus esteja comigo.

Quando os homens se dedicam a buscar o prazer como um objetivo, sem dúvida vão fracassar em conseguí-lo. Toda busca assim é precisamente em vão. A benevolência leva a alma mais além de si mesma, e a dispõe a fazer a felicidade dos outros. Só então se consegue a própria.

Tua utilidade como cristão dependerá de que leves tua cruz e de tua firmeza neste curso da vida; porque teu conhecimento das coisas espirituais, tua vitalidade espiritual, tua comunhão com Deus, e numa palavra, tua ajuda do Espírito Santo, dependerá da fidelidade com que te negues a si mesmo.

Se conheceu alguma vez a bem-aventurança da vida espiritual, e se teu coração tem sido misturado com a imagem celestial, não pode voltar aos tesouros do Egito. Já não há a possibilidade de que gozes das coisas terrenas como porção de tua alma. Isto já está estabelecido. Abandona neste instante e para sempre todo pensamento de encontrar teus gozos nas coisas egoístas e mundanas.

Aos jovens quero dizer: vossas sensibilidades são vivas, e se inclinam às coisas mundanas. Agora é o momento de afastar com mão firme ao espírito do mimo e a complacência pessoal, antes de que tenha ido longe demais para que possas dominá-lo. Você se sente tentado a ceder a auto-satisfação? Lembre que é uma lei inalterável de tua natureza que deves buscar tua paz e bem-aventurança em Deus. Você não pode encontrá-lo em nenhuma outra parte. Deve ter  a Jesus por amigo ou carecer de amigos para sempre. Tua mesma natureza exige que busques a Deus como teu Deus – como Rei de sua vida -, a Porção de tua alma para a felicidade. Não pode esperar que possa ser tal para ti a menos que te negues a si mesmo, tome tua cruz diariamente e siga a Jesus.

Os que estão ainda em seus pecados não têm idéia de como podem gozar de Deus, e não podem imaginar como pode o coração aderir-se a Deus, e chamá-lo por mil nomes carinhosos, e derramar vosso coração em amor a Jesus, permita-me que os peça que considereis que uma comunhão assim com Deus existe, que há um gozo assim em sua presença, e que podem tê-lo ao preço de negar-se  a vocês mesmos e de uma devoção total e íntegra a Jesus; não de outra maneira. E por que não fazem esta decisão? Já dizem: Toda a taça de prazer mundano está vazia, seca, inútil. Deixe-a pois, solte-a. Desprendam-se do mundo e elejam um gozo mais puro, melhor e que permanece para sempre.

Notas:  A Evangelização de Oberlin – Abril 27, 1859

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