A Celebração da iniquidade na Igreja

Hoje eu li um artigo que louvava a celebração do recasamento de alguém que já foi um querido amigo, chegando até mesmo a participar comigo de alguns trabalhos e fui também co-produtor de alguns de seus primeiros projetos. Pessoa a quem muito amei e ainda amo.

É um cantor de renome e com muita unção para compor e cantar, mas, nem por isso, e de maneira alguma, posso concordar com os novos passos  de sua vida com respeito ao deixar sua esposa e filhos.

Pois, segundo a palavra de Deus, o mesmo ao se divorciar de sua esposa, casando-se com outra mulher se colocou em pecado adultério como nos diz Lc. 16:18 – Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a repudiada pelo marido também comete adultério.

Temo que o princípio do casamento indissolúvel esteja se diluindo no meio da Igreja cristã, chamada evangélica, que tem se contextualizado com o mundo, tornando-se pior até mesmo que a igreja católica que ainda tem no casamento uma prática e dogma indissolúvel.

Muitos procuram na Bíblia uma maneira de justificar-se em vez de buscar uma atitude de restauração. Quero dizer que creio profundamente em um Deus de restauração, creio que quebrantamento e perdão, por certo, são a cura para todos os relacionamentos por mais difíceis que sejam.

Quando vejo uma situação como esta que mencionei me pergunto: Será que o evangelho é tão fraco assim? Será que o poder que proclamamos é tão tênue que não possa sarar um marido e uma esposa que passam por dificuldades? Será que a fé que temos e proclamamos que remove montes, não pode remover a dureza de nosso coração que, segundo Jesus, é a razão pela qual o homem busca a carta de divórcio?(Mt. 19:8).

E é isto, neste caso do amigo que citei e de tantos outros: o problema é a dureza de coração, a qual tem sido escondida como causa, mas sem dúvida, é a mais clara razão pelos frutos que tem dado. Duas vidas preciosas que se divorciam o fazem unicamente por dureza de coração e a igreja não pode louvar esta atitude, pois é uma celebração a iniqüidade e ao pecado.

Eu me pergunto, onde estão os profetas?  Será que só existem em palcos?  Onde estão os profetas dos bastidores para se levantarem, indo contra a disseminação do pecado na vida da Igreja? Para se pronunciarem frente aos poderes da mídia evangélica de nosso país, que tem contextualizado e banalizado o assunto?

E neste caso, em vez de um profeta, este irmão em questão encontrou alguém que com panos quentes – e totalmente contrário a palavra de Deus – “abençoou” as novas núpcias trazendo condenação sobre si mesmo e sobre a Igreja. Ou um outro irmão que, não  bastasse o separar-se de sua esposa e filhos,  mas se auto recasou, deixando para trás tudo que possamos crer sobre a  seriedade da aliança conjugal no meio da Igreja.

Falando em profetas, quero lembrar de João Batista que perdeu sua cabeça por causa deste assunto, pois dizia a Herodes que não lhe era lícito possuir a esposa de seu irmão. Hoje, muitos pastores estão abandonando suas esposas e filhos e casando com outras, muitas vezes mais jovens e bonitas, e por certo, quem se levanta contra nestas congregações tem perdido suas “cabeças”.

Entretanto, quero aqui declarar que o erro e o engano não mudarão a palavra de Deus que  fala com toda a clareza,  trazendo como ordenança do Senhor o seguinte: – I Co.7:10,11 aos casados ordeno, não eu mas o Senhor que a mulher não se separe do seu marido se porem vier a faze-lo que não se case ou se reconcilie com seu marido ou I Co. 7:39 – A mulher está ligada enquanto vive o marido, se contudo falecer o marido fica livre para casar-se com quem quiser mas somente no Senhor. Ou  Rm. 7:2-3 – Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal.De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias.

Mas você pode estar dizendo que este é um julgamento. Eu, portanto, lhe respondo que não tenho em meu coração a intenção de julgar ninguém, principalmente porque creio que esta situação já esta julgada por Deus e pela sua palavra!

Eu, como profeta do Senhor, estou me colocando contrário à quebra da aliança matrimonial e em total acordo com a Bíblia, que chama a situação de adultério. Ml. 2:14 fala que Deus odeia o repúdio e é contra a deslealdade no matrimônio, e diz que Deus nem mesmo olha para qualquer outra oferta de nossas mãos quando assim agimos.

Temos que ter a atitude certa agora, esperando que esta situação de iniqüidade e desrespeito à família segundo os moldes de Deus, se desfaça e o diabo, que nesta área tem sua agenda feita contra a Igreja, seja barrado por homens e mulheres com coragem que se levantem.

Mesmo que isso seja ao custo de “suas cabeças” contra o sistema banalizador da Palavra de Deus e dos princípios de Jesus para a família e casamento. E, além disso, fortaleçam seu posicionamento diante de Deus para que nossos filhos saibam com clareza qual é a verdade e o caminho na hora de dizerem sim em um altar diante de uma noiva ou noivo, diante de Deus e da Igreja. O que passar disto é do maligno.

Por: Asaph Borba

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