A Responsabilidade pelo Reavivamento

Tanto quanto posso relembrar, o meu coração se incendiava em meu peito cada vez que eu ouvia ou lia narrativas sobre a poderosa atuação de Deus nos grandes avivamentos do passado. Os heróicos missionários da cruz, em terras estrangeiras, ou os solitários homens de Deus, no campo nacional, em torno dos quais se centralizaram aquelas graciosas visitações do alto, sempre foram um motivo de indizível inspiração em minha vida. David Brainerd, Adoniran Judson, Charles G. Finney, Robert Murray MacCheyne – esses e muitos outros têm sido meus companheiros e amigos diletos.

Tenho-os observado e ouvido, tenho vivido com eles, até quase sentir o espírito do ambiente em que se movimentam. Suas provações e dificuldades, suas orações e lágrimas, suas alegrias e tristezas, seus triunfos gloriosos e vitoriosas realizações têm feito vibrar a minha alma até o íntimo, e tenho-me prostrado de rosto em terra, exclamando juntamente com o profeta dos dias antigos: “Oh! se fendesses os céus, e descesses! se os montes tremessem diante da tua face!” (Isaías 64:1).

O chamado Grande Despertamento do século XVIII, sob a liderança de João Wesley, a vibrante Manifestação Irlandesa de 1859, a gloriosa visitação norte-americana do século XIX, sob Charles G. Finney, e o poderoso reavivamento do País de Gales, em 1904 e 1905, são fenômenos espirituais que têm sido minha comida e minha bebida há anos. Tenho ouvido novamente os soluços e gemidos incontroláveis dos que se convenceram do pecado, o clamor amargo dos penitentes, e as expressões de indizível alegria dos libertados. E em meu íntimo, tenho suspirado para que haja outras manifestações como essas da presença e do poder de Deus.

Já nos dias de minha infância meu leite diário era contemplar a obra de Deus mais ou menos segundo essa linha de pensamento. Ultimamente, porém, tenho sido impelido a pôr todas as outras coisas de lado, para devorar com os olhos tudo que me vem às mãos acerca de reavivamento espiritual. E ao estudar as vidas daquelas pessoas que Deus tem usado de forma tão notável, ao longo dos séculos, de modo especial a obra dos puritanos, dos primitivos metodistas e de outros obreiros posteriores, vi quão maravilhosamente deveram tudo ao Senhor, como trabalharam e esperaram e obtiveram o que buscavam pela fé. Sinto-me obrigado a admitir que nada se vê hoje que se assemelhe àqueles reavivamentos. Não os vejo em meu próprio ministério, nem no ministério de outros. As igrejas não visam resultados espirituais, e menos ainda os alcança. Os pastores pregam, mas nem ao menos sonham que algo vai acontecer depois do sermão. Como nos desviamos para longe da rota! Como ficamos destituídos de poder!

Tem sido noticiado que há mais de sete mil igrejas que não conquistaram uma única alma para Jesus Cristo, ao longo de um ano inteiro. Isso significa que sete mil pregadores anunciaram o Evangelho, durante um ano inteiro, sem atingir um coração sequer. Supondo que eles pregaram em média duas vezes por domingo, em quarenta domingos, o que seria um número baixo, sem incluir cultos e reuniões extraordinários, isso significaria que esses sete mil ministros pregaram quinhentos e sessenta mil sermões em um único ano. Imagine agora o trabalho, o tempo e o dinheiro gastos para possibilitar tantos sermões. A triste realidade é que quinhentos e sessenta mil sermões, pregados por sete mil ministros, em sete mil igrejas, para dezenas e dezenas de milhares de ouvintes, ao longo de doze meses, não conseguiram levar uma só alma aos pés de Cristo.

Ora, meu caro irmão, há algo radicalmente errado em algum lugar. Há algo errado nesses sete mil ministros, ou em seus quinhentos e sessenta mil sermões, ou tanto nos ministros como nos sermões.

Ao reler as Doze Regras da primitiva Igreja Metodista, fiquei vivamente impressionado como o fato de que eles tinham por alvo a conquista de almas, e essa era sua tarefa suprema. Deixe-me citar uma dessas regras: “Nada mais te compete fazer alem de salvar almas. Portanto, gasta-te e deixa-te gastar nessa obra. Tua tarefa não é pregar tantas vezes; tua obrigação é salvar tantas almas quantas puderes; conduzir tantos pecadores quantos te for possível ao arrependimento; depois, com todas as tuas forças, edifica-los na santidade, sem a qual ninguém verá jamais ao Senhor” (Extraído de “As Dozes Regras” – João Wesley).

A aplicação prática dessa regra pode ser demonstrada na vida de William Bramwell, um dos homens mais notáveis de Wesley. “Segundo o sentido comum do termo, ele não era um grande pregador. Porém, se o melhor médico é aquele que realiza mais curas, o melhor pregador é o que se torna instrumento que leva o maior número de almas a Deus. Sob esse ângulo, Bramwell tem o direito de ser classificado entre os maiores e melhores ministros cristãos” (Memórias de William Bramwell).

João Oxtoby era usado por Deus de tal modo que foi capaz de asseverar: “Testifico diariamente a conversão de pecadores, e raramente saio sem que Deus me dê algum fruto”.

Foi dito com respeito à Jonh Smith, um dos homens de Deus mais admiravelmente ungido, e pai espiritual de milhares de almas, que “ele avaliava todo sermão e, de fato, toda a obra ministerial, unicamente por seus efeitos concernentes à salvação. ‘Estou resolvido a conquistar almas, pela graça de Deus’”, exclamou ele. “O ministro do Evangelho é enviado para desviar os homens das trevas para a luz e do poder de Satanás para Deus!” Quanto àquele tipo de pregação que só produz prazer intelectual, ele o abominava com ira santa. Se havia algo muito típico desse homem, era seu comentário a um amigo sobre os sermões em que predomina quase exclusivamente o poder do intelecto, ou da imaginação: ‘São sermões inúteis, meu caro’” (Vida de John Smith).

“Não sei como gastam seu tempo os que continuam fazendo um trabalho rotineiro sem que haja fruto algum. Se isso me acontecesse, eu chegaria de pronto à conclusão de que estaria fora do lugar apropriado” (T. Taylor).

“Se o vosso coração não estiver fixo no objetivo de vosso trabalho, e não ansiais pela conversão e dedicação de vossos ouvintes, nem estudais nem pregais com essa esperança, não podereis ver muito fruto, apesar de todo o vosso trabalho. Eis uma prova horrorosa de que o coração do obreiro é falso e interesseiro: quando ele se satisfaz ao continuar tentando, ainda que não veja nenhum fruto de seu trabalho” (Richard Baxter).

Foi aí que passei a confrontar os resultados de meu ministério com as promessas de Deus. Li em Jeremias 23:29: “Não é a minha palavra como fogo, diz o Senhor, e como o martelo que esmiúça a penha?” E em Efésios 6:17: “Tomai também… a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus”. Quanto eu mais eu ponderava sobre isso, mais convencido eu ia ficando de que, no meu ministério, a Palavra de Deus não era fogo, nem martelo e nem espada. Não queimava, nem despedaçava e nem cortava. Não havia resultado espiritual. Contudo, Hebreus 4:12 diz que “… a palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e Espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. Eu nunca havia encarado a Palavra sob esse prisma. Mas João Wesley assim a via. John Smith era constante observador desse fenômeno. David Brainerd pôde contemplar o fio cortante da Palavra de Deus; mas eu não. “… assim será a palavra que sair da minha boca: Ela não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei” (Isaías 55:11). Eu sabia que essa maravilhosa promessa não se estava cumprindo na minha pregação. Eu não possuía evidências, como as que foram dadas a Paulo, a William Bramwell e a Charles G. Finney, de que a Palavra de Deus nunca retorna vazia. No entanto, eu tinha o direito de receber tais evidências. Não seria de admirar, pois, que eu começasse a desafiar minha própria pregação.

O problema dizia respeito a meus sermões e também à minha vida de oração. Minha vida de oração também tinha de ser desafiada e testada por meio dos resultados obtidos. Fui forçado a admitir que não se cumpria em minha experiência a confiante afirmação de Jeremias 33:3: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que, não sabes”. Essas “coisas grandes e ocultas” eram testemunhadas quase que diariamente por Evan Roberts, Jonath Goforth e outros; mas não por mim. Minhas orações não eram definida e diariamente respondidas. Por conseguinte, para mim não eram reais as declarações de João 14:13: “E farei tudo que pedirdes em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”. Para mim essas promessas não eram vitalmente importantes, já que eu pedia tantas coisas e não as recebia, o que está em desacordo com a promessa acima.

Foi assim que percebi que havia algo radicalmente errado em minha vida de oração. Foi quando li a autobiografia de Charles G. Finney e descobri que ele havia experimentado o mesmo fracasso. “Impressionava-me particularmente”, narra Finney, “o fato que as orações eu que eu tinha ouvido, semana após semana, até onde eu podia perceber, não eram respondidas. Realmente, pelo que diziam em suas orações e também no decurso de reuniões e cultos, os crentes que haviam orado não achavam que elas haviam sido respondidas”.

“Exortavam-se mutuamente para que se despertassem e se ativassem, e para que orassem com mais fervor por um reavivamento. Os crentes afirmavam que se cumprissem seus deveres, e pedissem um derramamento do Espírito, e fossem sinceros, o Espírito de Deus se derramaria, trazendo um reavivamento, e assim os impenitentes se converteriam. Porém, tanto em suas orações como nas reuniões e preleções, continuamente esses crentes confessavam, pelo menos em substancia, que não estavam fazendo progresso algum na obtenção do reavivamento”.

“Essa incoerência, o fato que oravam tanto, sem obter resposta alguma, era para mim uma triste pedra de tropeço. Eu não sabia o que fazer em face disso. Para mim tudo se resumia em decidir se eu deveria compreender que aquelas pessoas não eram realmente crentes, motivo por que não prevaleciam diante de Deus, ou se eu havia entendido mal as promessas e ensinamentos das Escrituras sobre esse ponto. Quem sabe eu deveria concluir que a Bíblia não diz a verdade? Ali estava algo inexplicável para mim, e houve um período em que, segundo me pareceu, quase fui atirado às garras do ceticismo. Ficou bem patente para mim que os ensinamentos bíblicos de forma alguma eram coerentes com os fatos que ocorriam perante os meus olhos”.

“Certa vez, num culto de oração, alguém me perguntou se eu queria que orassem por mim. Respondi negativamente, porque eu via que Deus não lhes respondia as orações. Repliquei o seguinte: ‘Acho que necessito de orações, pois estou cônscio de que sou um pecador; mas não vejo como essas orações me trarão proveito. Os irmãos estão continuamente pedindo, mas nada recebem. Estão orando por um reavivamento desde que cheguei a Adams, mas até hoje não o receberam’”.

Quando João Wesley concluía sua mensagem, clamava a Deus para que “confirmasse a Sua Palavra”, para que “apusesse o Seu selo” e para que desse testemunho de Sua Palavra. E assim Deus fazia. Os pecadores eram tocados imediatamente, e começavam a clamar pedindo misericórdia, sob tremenda convicção de pecado. E pouco depois, em um momento, era-lhes concedida a liberdade de alma, tomados todos de inexprimível alegria, reconhecendo a realidade de sua salvação. Em seu admirável diário, Wesley registra o que os seus olhos viram e seus ouvidos ouviram, com estas palavras: “Compreendíamos que muitos ficavam chocados pelos clamores daquelas pessoas sobre quem o poder de Deus descia. E entre esses críticos, havia um médico que temia muito houvesse fraude ou impostura da parte das pessoas. Hoje, uma senhora a quem ele conhecia havia muitos anos, foi a primeira a prorromper em fortes clamores e lágrimas. Ele quase não podia acreditar em seus próprios olhos e ouvidos. Foi postar-se perto daquela mulher, pondo-se a observar cada sintoma, e até que viu que os ossos dela estremeciam. Em face disso ele não sabia o que pensar, claramente convencido de que não se tratava de fraude, nem de alguma desordem de explicação natural. Mas quando tanto a alma como o corpo daquela senhora foram curados num instante, o médico reconheceu a presença de Deus ali”.

Essa foi, igualmente, a experiência da Igreja primitiva. “Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?” (Atos 2:37). “Assim, detiveram-se muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à Palavra da sua graça, permitindo que pelas mãos de Paulo e Barnabé se fizessem sinais e prodígios” (Atos 14:3). Os crentes primitivos oravam para que fossem “feitos” entre eles “sinais e prodígios” (ver atos 4:30). E o apóstolo Paulo declarou que o Evangelho é “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16). No entanto, eu desconhecia tudo isso em meu ministério.

No reavivamento irlandês de 1859, “sinais e prodígios” eram vistos por toda parte. Entre os primitivos metodistas, era uma ocorrência diária. Para mim, todavia, o Evangelho não era “o poder de Deus para a salvação”. Deus não “confirmava a Sua Palavra”, nem “apunha o seu selo” e nem dava testemunho da Sua Palavra quando eu pregava. Contudo, eu sabia que tinha o direito de esperar essas manifestações, porquanto o próprio Senhor Jesus fizera tais promessas. “… aquele que crê em mim, disse ele, fará também as obras que eu faço. E as fará maiores do que estas, porque eu vou para o Pai”. (João 14:12).

Chegou então o dia em que li o livro de Atos dos Apóstolos com o objetivo de verificar se os servos de Deus, na Igreja primitiva, sempre obtinham resultados por onde quer que andassem. Como descobri pela minha leitura, o alvo deles era o fruto: conversões para Cristo. Em razão disso trabalhavam e esperavam e jamais deixaram de obtê-lo. Pedro pregou no dia de Pentecoste, e quase três mil almas responderam àquele primeiro apelo. Houve resultados perfeitamente definidos. No caso de Paulo sucedia coisa semelhante. Basta que o sigamos de cidade a cidade, para comprová-lo. Por onde quer que ele passasse, surgiam congregações cristãs. Veja como os resultados são registrados de modo repetitivo ao longo do livro de Atos. “… e naquele dia agregaram-se quase três mil pessoas” (2:41). “A mão do Senhor era com eles, e grande número creu e se converteu ao Senhor” (11:21). “E muita gente se uniu ao Senhor” (11:24). “… e falaram de tal modo que creu grande multidão, tanto de judeus como de gregos” (14:1). “Alguns creram e ajuntaram-se com Paulo e Silas, e também grande multidão de gregos devotos e não poucas mulheres de posição” (17:4). “Todavia, aderiram alguns homens a ele, e creram…”. (17:34). E Paulo foi capaz de referir-se ao “que por seu ministério Deus fizera entre os gentios” (21:19).

Como eu estava longe disso tudo! Como eu havia fracassado! Havia falhado exatamente naquela parte do ministério para o qual Deus me chamara. Raramente eu poderia escrever, após haver pregado, que “muitos, crendo se converteram ao Senhor”, ou mesmo que “alguns creram”. Também não me encontrava em posição de relatar juntamente com Paulo aquilo que “por meu ministério Deus fizera entre os gentios”.

O Senhor nos assegura, clara e enfaticamente, que é de sua vontade que cada um dos seus servos produza muito fruto. “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi, e vos designei para que vades e deis frutos…” (João 15:16). Por um tempo longo demais, eu me contentara em semear e evangelizar, usando a desculpa que eu deixava os resultados nas mãos de Deus. Eu achava que havia cumprido meu dever. Quando as pessoas são salvas e grandemente abençoadas, dão testemunho disso. Quando, porém, fazem silêncio, há razão para duvidarmos da realidade dos resultados. George Whitefield recebia algumas centenas de cartas, após ele haver pregado, as quais narravam as bênçãos recebidas e as conversões.

“Vá ao culto público determinado a impressionar e persuadir algumas almas a que se arrependam e se salvem. Vá a fim de abrir os olhos cegos e ouvidos surdos, fazer os aleijados andarem, transformar os insensatos em sábios, ressuscitar os que estão mortos em seus delitos e transgressões, para que vivam um vida divina, celestial, e levar rebeldes culpados a retornarem ao amor, e à obediência ao seu Criador, por meio de Jesus Cristo, o grande Reconciliador, a fim de que sejam perdoados e salvos. Vá a fim de exalar o perfume de Cristo e do Evangelho perante toda a assembléia, e atrair as almas para que participem de Sua graça e glória” (Dr. Watts).

Existem pessoas que acreditam possuir talentos especiais para a edificação dos crentes, pelo que se dedicam inteiramente a esse ministério especial. Foi assim que me desviei e entrei num atalho secundário. Achava que tinha dons especiais para ensinar os jovens crentes a respeito da vida mais profunda. Por isso preparei alguns sermões, com a idéia de consagrar meu tempo a essa tarefa, até que Deus, em misericórdia, abriu os meus olhos e me mostrou quanto eu havia afastado da trilha certa. Nada existe capaz de aprofundar tanto a experiência cristã, edificar os crentes e firma-los na fé tão rápida e completamente, como deixar que contemplem a salvação de almas. Reuniões sérias, dirigidas pelo Espírito Santo, onde o poder de Deus se manifesta intensamente na convicção e salvação de pecadores, fazem mais pelos crentes do que o doutrinamento durante anos a fio, sem manifestação do Espírito. Essa foi a experiência de David Brainerd. Escrevendo sobre os índios entre os quais trabalhava, diz ele: “Muitos desses índios têm conseguido mais conhecimento doutrinário acerca das verdades divinas, desde que Deus os visitou em julho passado, do que poderia ter sido instilado em suas mentes, pelo uso mais diligente e apropriado de meios de instrução, ao longo de muitos anos, mas sem aquela influência divina”.

Certo incidente é relatado com respeito a William Bramwell: “Diversos pregadores locais haviam declarado que os seus talentos não visavam despertar e erguer pecadores negligentes e impenitentes, mas antes, edificar os crentes na fé. Bramwell esforçava-se por provar que esse raciocínio era freqüentemente utilizado como desculpa para a perda da vitalidade e do poder dados por Deus. Embora alguns pregadores realmente possam ter recebido um talento especial com vistas ao consolo e edificação dos crentes, os verdadeiros servos de Cristo, aqueles que ele tem enviado à sua seara, podem dedicar-se a todo tipo de trabalho. Sabem arar, escavar, plantar, semear, aguar e outros serviços. E exortava fervorosamente os pregadores a que não se satisfizessem enquanto não vissem o fruto de seus esforços, na forma de despertamento e conversão de pecadores”.

“A edificação dos crentes, em sua santíssima fé, era um dos principais objetivos do ministério de Smith. Ele jamais consideraria bem sucedida essa modalidade de trabalho, se os resultados não fossem medidos em termos de pecadores convertidos” (Vida de John Smith).

“Quem mais segura e perfeitamente edifica os crentes é aquele que mais ardente e biblicamente trabalha na conversão de pecadores” (Vida de John Smith).

O trabalho entre os crentes, por si mesmo, não é suficiente para promover o máximo de espiritualidade. Não importa quão espiritual seja uma congregação: se almas não estão sendo salvas, algo está radicalmente errado, e a pretensa espiritualidade não passa de falsidade, uma ilusão do diabo. As pessoas que se satisfazem ao reunir-se só para terem momentos agradáveis entre si, estão muito distantes de Deus. A espiritualidade autêntica sempre produz resultados. Manifesta-se o anseio e o amor por almas. Temos estado em lugares afamados por serem reconhecidamente religiosos, mas vimos que freqüentemente tudo aquilo era uma questão intelectual. O coração permanecia insensível, e muitas vezes havia pecado não confessado em algum lugar. “… tendo a aparência de piedade, mas negando-lhe o poder” (2 Timóteo 3:5). Ora, que situação patética! Vamos desafiar, então, a nossa própria espiritualidade e verificar o que ela está produzindo. Nada senão um genuíno reavivamento no Corpo de Cristo, que resulte em legítimo despertamento dos perdidos, poderá satisfazer o coração de Deus.

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Fonte:  Capítulo 2 – Paixão pelas almas

2 thoughts on “A Responsabilidade pelo Reavivamento

  1. Por favor corrijam o final desse texto, ficou sem sentido pode comprometer todo o conteudo .Nada senão um genuíno reavivamento no Corpo de Cristo, que resulte em legítimo despertamento dos pecapítulo 2 – rdidos, poderá satisfazer o coração de Deus.(Amem).

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