Adoração e Sacrifício
Adoramos a Deus porque o amamos. Foi para isto que nascemos: para adorar. E adoramos como indivíduos e como igreja a fim de atribuir ao Senhor o valor e a honra que lhe pertencem, e para apresentar-lhe nossos corpos como sacrifício vivo. No Novo Testamento, adoração envolve tudo isto.
Na Nova Aliança. O adorador torna se a oferta de adoração. No Velho Testamento, os cordeiros que eram sacrificados não sabiam o que estava acontecendo; eram sacrifícios mortos. Mas no Novo Testamento, a oferta toma-se um sacrifício vivo. Um sacrifício vivo sabe o que esta acontecendo. Nós, os que oferecemos o sacrifício, ao mesmo tempo somos o sacrifício. O adorador a oferta de adoração. O que Deus esta procurando em mim e em você como indivíduos, e também na igreja, e a oferta das nossas vidas sabre o altar da adoração.
O Trono
o capítulo 4 de Apocalipse contam a descrição de uma cena de adoração no céu. E uma palavra deve saltar das paginas durante a leitura desta passagem: o trono. Dez vezes só neste capítulo, João fala a respeito do trono. Parece que esta imagem superava a tudo o mais na mente e na memória de João, enquanto tentava relatar sua visão. Ao observar a perfeita adoração no céu, vemos que tudo gira em tomo daquele trono. Todas as formas da criação, a igreja, o mundo angelical, tudo esta em sujeição a aquele que esta no trono.
Quando nos reunimos para adorar, a congregação esta ali para se encontrar com aquele que esta sentado no trono. Não existe verdadeira adoração sem um encontro com aquele trono. E O mesmo trono que Isaias viu. Assim como ocorreu aqui nesta passagem no céu, sempre que adoramos estamos reconhecendo que toda autoridade, poder, domínio, controle e supremacia pertencem aquele que esta no trono.
Isaias disse: “Vi o Senhor assentado sabre um alto e sublime trono” (Is 6.1). Era como se Isaias tivesse de perder a visão do trono terreno antes que pudesse ver ” o trono”. Na vida de tantas pessoas hoje nas igrejas, até mesmo na vida de dirigentes de louvor e de pastores, ha outros tronos, e por esta razão não conseguem ver claramente “o trono”. Como nós mesmos precisamos ser adoradores a fim de que nosso povo se tome adorador também!
Portanto, o foco da adoração precisa ser Deus, se quisermos real mente adorar. Quando as pessoas entram no culto hoje, será que a fácil para elas enxergar a Deus? Geralmente, enxerga uma porção de outras coisas que servem de obstáculo para se ter uma compreensão correta de quem Deus a, Deus que vieram adorar.
Hoje a 0 homem- que esta no centro do palco, no centro das atenções. Não estou me referindo tanto ao físico quanto ao espiritual. Deus não dividira sua gloria com homem ou mulher, seja quem for. No momento em que o homem assume o controle, Deus fica de lado. O povo pode ouvir música, mas esta ouvindo a Deus? Pode ouvir um sermão, mas esta se encontrando com Deus? Pode apreciar uma boa apresentação, mas esta conhecendo ao Deus Todo-poderoso?
Vivemos numa sociedade que tem uma sede insaciável por entretenimento. Isto tomou conta da igreja também. Ate o desenho arquitetônico dos nossos prédios mostra que nos tornamos mais um teatro do que igreja. O lugar do púlpito ficou tomado por um palco para “apresentações religiosas”. Tanto a pregação como o louvor se transformaram em apresentações profissionais.
Não existe espaço para entretenimento num culto de adoração. O povo não precisa ver como os músicos e os pregadores são pessoas dotadas e habilidosas; precisa ver como Deus é santo. Precisa ter um encontro com ele. No entanto, a congregação freqüentemente sai mais impressionada com o cantor do que com o Salvador, mais impressionada com a personalidade do pregador do que com o poder do Espírito Santo. No entretenimento o homem e o foco, enquanto que na adoração o foco sempre é Deus.
Devemos lutar com todo nosso ser para manter o foco da congregação no lugar certo. Afinal, nossa audiência na adoração é o próprio Deus. E sua aprovação é o que devemos buscar.
“Não importa se o mundo ouviu, se aprovou, ou se entendeu; o único aplauso que devemos buscar é o aplauso daquelas mãos que foram pregadas na cruz”
“Então ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Aquele que esta sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” (Ap 5.13).
Mais do Que Contemplar
Reconhecer a grandeza, a soberania e a majestade daquele que se assenta sobre o trono e uma parte essencial da adoração. Mas sem uma resposta pessoal àquele que está no trono, a adoração é incompleta. Em Apocalipse 4.10 vemos a resposta daqueles que estão adorando no céu. E uma resposta de submissão. Verdadeira e autêntica adoração exige uma atitude de coração em submissão por parte do adorador. Se realmente vemos Deus no trono, como pode haver alguma outra resposta da nossa parte, senão submeter-nos aquele que tem toda autoridade e soberania?
Entretanto, na adoração praticada nas igrejas hoje, quantas pessoas têm algum pensamento de submeter suas vontades àquele sobre quem estão cantando, e a quem dizem estar adorando? Você acha que Deus ouve o que lhe estamos cantando, mesmo que tenha um som maravilhoso, se não tivermos qualquer plano ou intenção de submeter nossas vidas a ele?
Nos capítulos 4 e 5 de Apocalipse, os adoradores estão prostrados em humildade e submissão. Não pode haver outra resposta apropriada a visão do trono. Nas nossas vidas, estamos muito mais nos empavonando do que nos submetendo, nos exaltando do que nos humilhando. Onde há soberba, não pode haver adoração. Na exaltação humana, Deus se retira, e permanece do lado de fora da igreja.
Por: John Owen
fonte: www.adorar.net