Esta carta e verdadeiramente a mais importante peça do Novo Testamento. É o evangelho mais puro. É de grande valor para um Cristão não somente para memorizar palavra por palavra, mas também para o ocupar com isso diariamente, como se fosse o pão diário da alma. É impossível ler ou meditar nesta carta {tão pouco}. Quanto mais alguém lida com ela, mais preciosa ela se torna e melhor ela saboreia. Por esta razão, eu quero completar meu serviço e, com este prefácio, prover uma introdução para a carta, a medida que Deus me dá habilidade, de maneira que qualquer um possa obter o mais profundo entendimento dela. Até agora ela tem sido escurecida{colocada em trevas} pelas interpretações [notas de explicação e comentários que acompanham o texto] e por muitos um comentário sem uso, mas está dentro dela própria uma luz resplandecente, quase resplandecente o suficiente para iluminar toda a Escritura.
Para começarmos, nós temos que nos tornar familiares com o vocabulário da carta e saber o que São Paulo quer dizer das palavras lei, pecado, graça, fé, justiça, carne, espírito, etc. Do contrário, não há uso em lê-la.
Você não deve entender a palavra lei aqui em padrões humanos, i.e., um regulamento sobre que tipo de ações devem ou não devem serem feitas. Esta é a maneira em que está as leis humanas: você satisfaz os mandamentos da lei com obras, não importa se o seu coração está ou não de acordo. Deus julga o que está no mais profundo do coração. Por esta razão suas leis também fazem mandamentos no mais profundo do coração e não deixa o coração descansar se satisfazendo com as ações; mais ainda ele pune como hipocrisia e desmente todas as obras feitas longe do mais profundo do coração. Todos os seres humanos são chamados de mentirosos (Sl 116), uma vez que nenhum deles cumprem ou podem cumprir as leis de Deus no mais profundo do coração. Todos acham dentro de si uma aversão ao bem e um desejo ardente pelo mal. Onde não há desejo espontâneo pelo bem, lá o coração não está fundamentado nas leis de Deus. Lá também o pecado está certamente para ser achado assim como a merecida ira de Deus, mesmo que muitas boas obras e uma vida de honra apareça exteriormente ou não.
Por esta razão, no capítulo 2, São Paulo acrescenta que os judeus são todos pecadores e diz que somente os cumpridores da lei são justificados aos olhos de Deus. O que ele está dizendo é que ninguém é um cumpridor da lei pelas obras. Externamente, ele diz para eles, “Vocês ensinam que não se pode cometer adultério, e vocês cometem adultério. Vocês julgam outro de uma certo assunto e se condena vocês próprios naquele mesmo assunto, porque vocês fazem todas as mesmas coisas ao qual vocês julgam ao outro.” Isto é como se ele estivesse dizendo, “Externamente você vive propriamente nas obras da lei e julgam aqueles que não estão vivendo a mesma maneira, vocês sabem como ensinar a todo mundo. Você olha o argueiro no olho de outro mas não nota a trave que está no seu próprio.”
Externamente, vocês tomam a lei com obras contrariado com o temor de punição ou amor pelo enriquecimento{ganho, lucro, acréscimo, vantagem}. Da mesma maneira, vocês fazem tudo sem o desejo espontâneo e amor à lei; vocês agem por aversão e força. Vocês deveriam viver de outra maneira se a lei não existisse. Segue-se, então, que vocês, no profundo do coração, são inimigos da lei. O que significa para vocês, por isso, em ensinar ao outro que não se deve roubar, quando vocês, no profundo do coração, são ladrões e seria um externamente também, se você tivesse coragem. (Com certeza, do outro lado as obras não permanecem por muito tempo com tanta hipocrisia.) Então assim, vocês ensinam aos outros mas não a vocês mesmos; vocês nem sabem ao certo o que estão ensinando. Vocês nunca estudaram a lei corretamente. Mais adiante, a lei faz aumentar o pecado, como São Paulo diz no capítulo 5. Isso porque a pessoa se torna mais e mais inimigos da lei, quanto mais ela demanda dele o que ele não pode possivelmente fazer.
No capítulo 7, São Paulo diz, “A lei é espiritual.” O que isso significa? Se a lei fosse física, então ela poderia ser satisfeita com obras, mas desde que ela é espiritual, ninguém pode satisfaze-la a menos que tudo que ele faça jorre do profundo do coração. Mas ninguém pode dar um coração assim exceto o Espírito de Deus, o qual faz a pessoa ser de acordo com {ou como} a lei, assim que ele atualmente concebe um coração com o sentimento ardente pela lei e a partir daí {de hoje em diante} faz tudo, não através do medo e da força, mas de um coração espontâneo. Tal lei é espiritual desde que ela possa ser amada e cumprida por um tal coração e por um tal espírito espontâneo como esse. Se o Espírito não está no coração, então permanece o pecado, com aversão e inimizade contra a lei, o que nela própria é boa, justa e santa.
Você deve se atualizar da idéia de que uma coisa é fazer as obras da lei e outra coisa é cumpri-la. As obras da lei são todas as coisas que uma pessoa faz ou pode fazer de sua própria disposição espontânea e pelas suas próprias forças em obedecer a lei. Mas porque em fazer tais obras o coração detesta a lei e ainda é forçado a obedecê-la, as obras são uma total perca e são completamente inúteis{sem uso}. Isto é o que São Paulo quer dizer no Capítulo 3 quando diz, “Nenhum ser humano é justificado diante de Deus através das obras da lei.” Através disso você pode ver que os mestres [i.e., os teólogos] e sofistas são sedutores quando eles ensinam que você pode se preparar para a graça através das obras. Como pode qualquer pessoa se preparar a si próprio para o bem por meio das obras se ele não faz nenhuma boa obra exceto com aversão e constrangimento em seu coração? Como pode tal obra agradar a Deus, se isso procede de um coração oposto e sem desejo ardente? {desejo ardente-unwilling=sem a força da mente em direcionar seus pensamentos e ações e influenciar a outros neste sentido.}
Mas para cumprir a lei significa fazer suas obras ardentemente, amavelmente e espontaneamente, sem o constrangimento da lei; significa viver bem e de maneira que agrada a Deus, como se não existisse lei nem punição. É o Espírito Santo, entretanto, quem põe tal desejo ardente de amor dentro do coração, como Paulo diz no capítulo 5. Mas o Espírito é somente dado, com, e através da fé em Jesus Cristo, como Paulo diz em sua introdução. Assim, também, a fé somente vem através da palavra de Deus, do Evangelho, o qual prega Cristo: como ele é tanto Filho de Deus e do homem, como ele morreu e ressuscitou para o nosso beneficio. Paulo diz tudo isso nos capítulos 3,4 e 10.
Isso é porque a fé sozinha faz alguém justo e cumpre a lei; fé, isto é que traz o Espírito Santo através do mérito de Cristo. O Espírito, em troca, oferece um coração alegre e espontâneo, como a lei demanda. Então boas obras procede da fé por ela própria. Isto é o que Paulo quer dizer no capítulo 3 quando, após ele ter jogado fora as obras da lei, ele parece querer abolir a lei pela fé. Não, ele diz, nós aprovamos a lei através da fé, i.e. nós a cumprimos através da fé.
Pecado nas Escrituras significa não somente as obras externas do corpo mas também todos aqueles movimentos dentro de nós que se ocupam eles mesmos de nos mover a fazer as obras externas, nominalmente, o profundo do coração com toda sua força. Por esta razão, a palavra realmente deve se referir a uma queda total de uma pessoa no pecado. Nenhuma obra externa do pecado acontece, após tudo isso, a menos que uma pessoa se entregue a si próprio a isso completamente, corpo e alma. Em particular, as Escrituras vêem no profundo do coração, para o fundamento e para a principal fonte de todo o pecado: incredulidade dentro do mais profundo do coração. Desta maneira, assim como a fé sozinha se faz justa e traz o Espírito e o desejo de fazer boas obras externas, então somente a incredulidade que peca e exalta a carne e traz o desejo de fazer obras externas do mal. É o que aconteceu a Adão e Eva no Paraíso (Cf Gênesis 3).
Isso é o porquê de somente a incredulidade é chamada de pecado por Cristo, como ele diz em João 16, “O Espírito punirá o mundo por causa do pecado, porque ele não crê em mim.” Mais adiante, antes que as boas e más obras aconteçam, que são os frutos bons e ruins do coração, deve estar presente no coração tanto a fé ou a incredulidade, a fonte, mina e poder chefe de todo pecado. Isso é porque, nas Escrituras, a incredulidade é chamada de a cabeça da serpente e do antigo dragão os quais a semente da mulher, i.e. Cristo, deve esmagar, como foi prometido a Adão(cf. Gênesis 3).Graça e dom que se distinguem nessa graça atualmente denotam a bondade de Deus ou favor que Ele tem para nós e pelo que Ele está disposto a derramar Cristo e o Espírito com seus dons em nós, como se torna claro desde o capítulo 5, onde Paulo diz, “A graça e o dom estão em Cristo, etc.” Os dons e o Espírito crescem diariamente dentro de nós, ainda que eles não são completos, desde que os desejos do mal e dos pecados permanecem em nós os quais guerreiam contra o Espírito, como Paulo diz no capítulo 7, e em Gálatas, capítulo 5. E Gênesis, capítulo 3, proclama a inimizade entre a semente da mulher e a semente da serpente. Mas a graça realmente faz muito isso: que nós somos considerados completamente justos diante de Deus. A graça de Deus não está dividida em pigmentos e pedaços, como são os dons, mas a graça nos levanta completamente ao favor de Deus, pelo beneficio de Cristo, nosso intercessor e mediador, de modo que os dons são permitidos a iniciar suas obras em nós.
Desta maneira, você deve estudar o capítulo 7, onde São Paulo retrata ele mesmo como ainda um pecador, enquanto no capítulo 8 ele diz que, por causa dos dons incompletos e por causa do Espírito, não há nada capaz de condenar ao inferno aqueles que estão em Cristo. Porque a nossa carne ainda não foi morta, nós ainda somos pecadores, mas porque nós cremos em Jesus e temos os princípios do Espírito, Deus então nos mostra o seu favor e a sua misericórdia, em que ele nem percebe nem julga tais pecados. Melhor ainda, ele lida conosco de acordo com nossa fé em Cristo até que o pecado é morto.
Fé não é aquela ilusão humana e sonho ao qual algumas pessoas pensam que é. Quando eles ouvem e falam muito sobre a fé e ainda vê que nenhum progresso moral e nenhuma boas obras resultam disso, eles caem no erro e dizem, “Fé não é tudo. Você deve fazer obras se você quer ser virtuoso e ir até o céu.” O resultado é que, quando eles ouvem o Evangelho, eles tropeçam e fazem para eles mesmos com suas próprias forças um conceito em seus corações que diz, “Eu creio”. Este conceito eles pensam ser fé verdadeira. Mas desde que isto é uma fabricação humana e pensamento e não uma experiência do coração, isto não sucede em nada, e então segue-se nenhum progresso.
Fé é um trabalho de Deus em nós, o qual nos muda e nos traz a nascer um novo proveniente de Deus (Cf João 1). Ela mata o velho Adão, nos faz pessoas completamente diferentes no coração, pensamento, sentido, e todas nossas forças, e traz o Espírito Santo com ela. Como é viva, criativa, uma coisa ativa cheio de poder é a fé! É impossível que a fé em alguma ocasião faça parar o fazer bem. A fé não pergunta se boas obras estão para serem feitas, mas, antes que ela seja questionada, ela as fez. Ela está sempre ativa. Seja quem for que não fizer tais obras está sem fé; ele anda se apalpando e se examinando por fé e boas obras mas não sabe o que a fé ou boas obras são. Mesmo assim, eles tagarelam com muitas palavras sobre fé e boas obras.
A fé é uma confiança viva, inabalável na graça de Deus; ela é então certa, que alguém poderia morrer mil vezes por ela. Este tipo de confiança e conhecimento da graça de Deus faz uma pessoa cheia de alegria, confiante, e alegre com consideração a Deus e todas criaturas. Isto é o que o Espírito Santo faz pela fé. Através da fé uma pessoa fará bem a todos sem uso de força, espontaneamente e alegremente; ele servirá a todos, sofrerá tudo pelo amor e louvor a Deus, o qual lhe tem mostrado tal graça. É tão impossível separar obras da fé como separar as chamas do brilho do fogo. Por esta razão, fique de guarda contra suas próprias falsas idéias e contra os tagareladores que pensam que eles são inteligentes o suficiente para fazer julgamentos sobre a fé e boas obras mas os quais são na realidade os maiores tolos. Peça a Deus para trabalhar a fé em você; do contrário, você permanecerá eternamente sem fé, não importa o que você tente fazer ou fabricar.
Agora justiça é justamente uma fé assim. É chamada de justiça de Deus ou aquela justiça a qual é válida aos olhos de Deus, porque é Deus quem a dá e a considera como justiça pelo benefício de Cristo nosso Mediador. Ela influencia uma pessoa para dar a todos o que ele está devendo. Através da fé uma pessoa se torna sem pecado e obstinado pelos mandamentos de Deus. Assim ele dá a Deus a honra pertencente a Ele e paga a Ele o que está devendo. Ele serve às pessoas espontaneamente com os meios disponíveis a ele. Neste caminho ele paga a todos sua dívida. Nem a natureza, nem o desejo livre, nem as nossas próprias forças podem nos trazer tal justiça, da maneira como ninguém pode dar a si próprio fé, então também ele não pode remover a incredulidade. Como ele pode jogar fora mesmo o menor dos pecados? Por esta razão, tudo que toma lugar fora da fé ou da incredulidade é mentira, hipocrisia e pecado (Romanos 14), não importa como mansamente isto parece prosseguir.
Você não deve entender carne aqui como denotando somente lascívia ou espírito como denotando somente a parte interior do coração. Aqui São Paulo chama a carne(como faz Cristo em João 3) tudo que nasceu da carne, i.e. todo ser humano com corpo e alma, razão e sentidos, desde que tudo dentro dele se inclina para a carne. Isto é o porquê você deveria saber o suficiente para chamar aquela pessoa de “carnal” quem, sem a graça, fabrica, ensina e tagarela sobre assuntos altamente espirituais. Você pode aprender a mesma coisa em Gálatas, capítulo 5, onde São Paulo chama a heresia e obras odiadas da carne. E em Romanos, capítulo 8, ele diz que, através da carne, a lei é enfraquecida. Ele diz isso, não da lascívia, mas de todos pecados, muitos deles da incredulidade, o qual é o mais espiritual dos defeitos.
Do outro lado, você deve saber o suficiente para chamar aquela pessoa “espiritual” que está ocupada com as mais superficiais obras como foi Cristo, quando ele lavou os pés dos discípulos, e Pedro, quando ele conduziu seu barco e pescou. Então assim, uma pessoa é “carne” quando, de uma internamente ou externamente, vive somente para fazer aquelas coisas que são de uso da carne e para a existência temporária. Uma pessoa é “espiritual” quem, internamente ou externamente, vive somente para fazer aquelas coisas que são de uso do espírito e para a vida porvir.
A menos que você entenda estas palavras desta maneira, você nunca entenderá nem esta carta de São Paulo nem o livro das Escrituras. Esteja atento, por isso, contra os professores que usam estas palavras diferentemente, não importa quem ele seja, seja Jerônimo, Agostinho, Ambrose, Origen ou qualquer outro tão grande como grande eles são. Agora vamos voltar para a carta ela mesmo.
A primeira dívida de um pregador do Evangelho é, através de sua revelação da lei e do pecado, considerar e transformar em pecado tudo na vida que não tem o Espírito e a fé em Cristo como sua base. [Aqui e em qualquer lugar no prefácio de Lutero, como você percebe em Romanos, não está claro tanto se o “espírito” tem o significado de “Espírito Santo” ou “homem espiritual”, como Lutero tem previamente definido isso.] Desta maneira, ele levará as pessoas para um reconhecimento de sua miserável condição, e assim eles se tornarão humildes e afligir-se por ajuda. Isto é o que São Paulo faz. Ele começa no capítulo 1 por censurar os mais bárbaros pecados e a incredulidade que estão à vista, como eram (e ainda são) os pecados dos pagãos, que vivem sem a graça de Deus. Ele diz que, através do Evangelho, Deus está revelando sua ira lá do céu sobre toda espécie humana por causa da vida sem Deus e injusta que eles vivem. Assim, apesar deles saberem e reconhecerem dia após dia que há um Deus, ainda a natureza humana nela própria, sem a graça, é tão má que ela nem agradece muito menos honra a Deus. Esta natureza cega ela própria e continuamente cai em imoralidade, mesmo indo mais longe cometendo idolatria e outros pecados horríveis e imperfeições. Ela está sem vergonha dela própria e deixa tais coisas sem punição nas outras.
No capítulo 2, São Paulo estende sua rejeição àqueles que aparentam exteriormente piedosos ou quem peca secretamente. Assim eram os judeus, e assim são todos os hipócritas ainda, quem vive vidas virtuosas mas sem obstinação e sem amor; em seus corações eles são inimigos das leis de Deus e gostam de julgar outras pessoas. Este é o caminho da hipocrisia: eles pensam que são puros mas são atualmente cheios de gula, ódio, soberba e toda sorte de sujeira(Cf Mateus 23). Estes são aqueles que desprezam a bondade de Deus e, pela dureza de seus corações, acrescenta ira sobre eles. Assim Paulo explica a lei corretamente onde ele não deixa ninguém permanecer sem pecado mas proclama a ira de Deus a todos que querem viver virtuosamente pela natureza ou pela vontade própria. Ele faz eles se tornarem não melhores do que pecadores públicos; ele diz que eles são duros de coração e sem arrependimento.
No capítulo 3, Paulo atura ambos os públicos e os pecados secretos juntos: um, ele diz, é como o outro, todos são pecadores à vista de Deus. Ao lado, os Judeus tiveram a Palavra de Deus, mesmo que muitos não acreditaram nela. Mas ainda a verdade de Deus e a fé nele não são por essa razão devolvidas sem uso. São Paulo introduz, como de um lado, os dizeres do Salmo 51, em que Deus permanece a verdade em suas palavras. Então ele retorna ao seu tópico e prova baseado na Escritura que eles são todos pecadores e que ninguém se torna justo através das obras da lei mas que Deus entregou a lei somente para que o pecado possa ser percebido.
Após São Paulo ensina o caminho certo para ser virtuoso e ser salvo; ele diz que todos eles são pecadores, incapazes{destituídos} da glória de Deus. Eles devem, entretanto, serem justificados através da fé em Cristo, que tem recebido o mérito para nós através do sangue e tem se tornado a nós uma base de misericórdia [cf. Êxodo 25:17, Levítico 16:14 em diante, e João 2:2] na presença de Deus, o qual nos perdoa todos os nossos pecados anteriores. Fazendo assim, Deus prova que isso é sua justiça sozinha, o qual ele dá através da fé, que nos ajuda, a justiça a qual foi revelada no tempo escolhido através do Evangelho e, previamente a isso, foi testemunhada pela Lei e os Profetas. Por esta razão, a lei é estabelecida pela fé, mas as obras da lei, junto com a glória observada neles, são destruídas pela fé. [Com o termo “espírito”, a palavra “lei” parece ser para Lutero, e para São Paulo, dois significados. Algumas vezes parece significar “regulamentos sobre o que deve e o que não deve ser feito”, como no terceiro parágrafo deste prefácio; algumas vezes parece significar o “Torah”, como na sentença anterior. E algumas vezes parece significar ter ambos os significados, como se segue.]
Nos capítulo 1 até 3, São Paulo tem revelado o pecado pelo que é e tem ensinado o caminho da fé o qual conduz à justiça. Agora, no Capítulo 4 ele lida com algumas objeções e críticas. Ele se dedica primeiro àquele que as pessoas levantam que, ouvindo que a fé faz justiça sem obras, diz, “O quê? Não devemos fazer nenhuma boa obra?” Aqui São Paulo levanta Abraão como exemplo, Ele diz, ” O que Abraão realiza com suas boas obras? Foram todas elas boas para nada e sem uso?” Ele conclui que Abraão foi feito justo separadamente de todas suas obras através da fé sozinha(cf. Gênesis 15). Agora se a obra de sua circuncisão não fez nada para fazê-lo justo, uma obra que Deus tinha mandado ele fazer e em conseqüência uma obra de obediência, então certamente nenhuma outra boa obra pode fazer qualquer coisa para fazer uma pessoa justa. Mesmo como a circuncisão de Abraão foi um sinal externo com o qual ele provou sua justiça baseada na fé, assim também todas as boas obras são sinais externos que procedem da fé e são os frutos da fé; eles provam que a pessoa já é internamente justa aos olhos de Deus.
São Paulo verifica seus ensinamentos na fé no capítulo 3 com um exemplo poderoso da Escritura. Ele chama de testemunha Davi, que diz no Salmo 32 que uma pessoa se torna justo sem as obras mas não permanece sem obras uma vez que ele se tornou justo. Então Paulo estende seu exemplo e o aplica contra todas as obras da lei. Ele conclui que os Judeus não podem ser herdeiros de Abraão somente por causa de seus parentesco de sangue com ele e ainda menos por causa das obras da lei. Mais ainda, preferencialmente eles devem herdar a fé de Abraão se eles quiserem ser seus reais herdeiros, desde que isso foi antecedente para a Lei de Moisés e da lei da circuncisão de que Abraão se tornou justo através da fé e foi chamado de um pai dos crentes. São Paulo acrescenta que a lei traz mais ira do que graça, porque ninguém a obedece com amor e obstinação. Mais desgraça que graça vem por causa das obras da lei. Por esta razão a fé sozinha pode obter a graça prometida a Abraão. Exemplos como esses estão escritos para nosso benefício, de que nós também devemos ter fé.
No capítulo 5, São Paulo vem para os frutos e obras da fé, nominalmente, gozo, paz, amor por Deus e por todas as pessoas; em acréscimo: convicção, firmeza, confiança, coragem, e esperança através da aflição e sofrimento. Tudo isso segue onde a fé é genuína, por causa da superabundância da boa vontade em que Deus mostrou em Cristo; ele tem morrido por nós antes que nós pudéssemos pedi-lo por isso, sim, mesmo que nós tenhamos sido seus inimigos. Assim nós temos estabelecido que a fé, sem qualquer boa obra, nos faz justos. Não se segue, entretanto, que não devemos fazer boas obras; preferencialmente significa que obras moralmente honestas não permanece em falta. Sobre tais obras, sobre as “sagradas obras” as pessoas não sabem nada; eles inventam para eles mesmos suas próprias obras no qual não há nem a paz, nem o regozijo, nem convicção, nem amor, nem esperança, nem firmeza, nem qualquer tipo de obras Cristãs genuínas ou fé.
Após São Paulo faz um desvio, uma agradável pequena viagem, e relatos onde ambos o pecado e a justiça, a morte e a vida procede. Ele faz uma oposição destes dois: Adão e Cristo. O que ele quer dizer é que Cristo, um segundo Adão, teve que vir para nos fazer herdeiros de sua justiça através de um novo nascimento na fé, justamente como o velho Adão nos fez herdeiros do pecado através do antigo nascimento da carne.
São Paulo prova, por este raciocínio, que uma pessoa não pode se ajudar a si mesmo pelas suas obras a sair do pecado para a justiça não mais que ele possa se prevenir de seu próprio nascimento físico. São Paulo também prova que a lei divina, o qual deveria ter sido bem adaptada, como se alguma coisa foi, em ajudar as pessoas a obter justiça, não somente não houve ajuda quando ela veio, mas ela ainda aumentou o pecado. A má natureza humana, consequentemente, se torna mais inimigo a isso; quanto mais a lei proíbe ela satisfazer seu próprio desejo, quanto mais ela quer fazer isso. Assim a lei torna a Cristo o todo maior necessário e demanda mais graça para ajudar a natureza humana.
No capítulo 6, São Paulo levanta a obra especial da fé, a luta em que o espírito peleja contra a carne para matar aqueles pecados e desejos que permanecem naquelas pessoas que foram tornadas justas. Ele nos ensina que a fé não nos liberta do pecado a ponto de sermos negligente, preguiçosos e auto confiantes, como se não houvesse mais pecado em nós. O pecado está lá, mas, por causa da fé que luta contra ele, Deus não considera o pecado como merecendo condenação. Por isso nós temos em nosso próprio ser uma vida de obras para nós; nós devemos temer nosso corpo, matar suas luxurias, forçar os seus membros a obedecer ao espírito e não às luxurias. Nós devemos fazer isto de maneira que nós nos conformemos à morte e à ressurreição de Cristo e completar nosso Batismo, o qual significa uma morte para o pecado e uma nova vida de graça. Nosso objetivo é ser completamente limpos do pecado e então ressuscitar corporalmente com Cristo e viver para sempre.
São Paulo diz que nós podemos executar tudo isso porque nós estamos na graça e não na lei. Ele explica que estar “fora da lei” não é o mesmo como não tendo lei e sendo capaz de fazer o que você desejar. Não, estar “debaixo da lei” significa viver sem a graça, rendido pelas obras da lei. Então certamente o pecado reina pelos significados da lei, desde que ninguém é naturalmente bem disposto para a lei. Toda esta condição, entretanto, é o maior dos pecados. Mas a graça torna a lei amável para nós, de maneira que então não há mais pecado, e a lei não é mais contra nós, mas é por nós.
***** Isto é a verdadeira liberdade sobre o pecado e sobre a lei; São Paulo escreve sobre isso no resto do capítulo. Ele diz que isto é uma liberdade apenas para fazer o bem com obstinação e para viver uma vida boa sem a obrigação da lei. Esta liberdade é, por esta razão, uma liberdade espiritual a qual não suspende a lei mas a qual supre o que a lei requer, nominalmente o ardor e amor. Essas coisas silencia a lei de maneira que ela não tem mais nenhuma causa para dirigir as pessoas e fazer requerimentos deles. Isto é como se você devesse alguma coisa a um agiota e não pudesse pagá-lo. Você pode se livrar dele de uma das duas maneiras: ou ele não levaria nada de você e rasgar seu livro de contas, ou um homem piedoso o pagaria para você e daria a você o que você precisasse para saldar a sua dívida. Isso é exatamente como Cristo nos livra da lei. Por esta razão nossa liberdade não é uma liberdade selvagem, carnal que não tem obrigação para fazer nada. Ao contrário, é uma liberdade que faz um grande negócio, sem dúvida de tudo, ainda está livre dos mandamentos da lei e dívidas.
No capítulo 7, São Paulo confirma o precedente por uma analogia desenhada pela vida conjugal. Quando um homem morre, a esposa está livre; aquele está livre e limpo do outro. Não é o caso em que uma mulher não possa ou não deveria casar com outro homem; melhor ainda ela está agora pela primeira vez livre para casar com qualquer outro. Ela não poderia fazer isso antes de ela ser livre de seu primeiro marido. No mesmo caminho, nossa consciência está ligada à lei tão longo quanto nossa condição é aquela do pecado do antigo homem. Mas quando o velho homem é morto pelo espírito, então a consciência é livre, e consciência e lei estão livres uma da outra. Não aquela consciência deveria agora fazer nada; mais ainda, ela deveria agora pela primeira vez verdadeiramente unir-se ao seu segundo marido, Cristo, e dar à luz o fruto da vida.
Mais adiante São Paulo esquematiza mais a natureza do pecado e a lei. É a lei que faz o pecado realmente ativa e poderosamente, porque o homem velho se torna mais e mais inimigo da lei desde que ele não possa pagar o débito requerido pela lei. O pecado é a sua inteira natureza; dele mesmo ele não pode fazer nada. É assim como a lei é a sua morte e tortura. Agora a lei não é má por ela mesma; é a nossa natureza má que não pode tolerar que a boa lei devesse requerer o bem disso. É como o caso de uma pessoa doente, o qual não pode tolerar que você o requeira que ele corra e pule e faça outras coisas que uma pessoa saudável faz.
São Paulo conclui aqui que, se nós entendemos a lei propriamente e a compreendemos da melhor maneira possível, então nós vamos ver que a sua única função é nos lembrar de nossos pecados, para nos matar por nossos pecados, e para nos tornar merecedores da ira eterna. A Consciência aprende e experimenta tudo isso em detalhes quando ela vem face a face com a lei. Segue-se, então, que nós deveríamos ter algo à mais, além e acima da lei, o qual pode fazer uma pessoa virtuosa e fazê-lo por isso ser salvo. Aqueles, entretanto, que não entendem a lei direitamente estão cegos; eles vão para seus caminhos ousadamente e acham que eles estão satisfazendo a lei com obras. Eles não sabem o quanto a lei requer, nominalmente, um coração livre, obstinado e ardente. Esta é a razão pelo que eles não vêem Moisés direitamente diante de seus olhos. [ Em ambos ensinamentos Judeus e Cristãos, Moisés foi comumente tomado para ser o autor do Pentateuco, os primeiros cinco livros da Bíblia. Cf. a imagem envolvida da face de Moisés e o véu encobrindo isso em 2 Coríntios 3.7-18.] Para eles ele é coberto e escondido pelo véu.
Então São Paulo mostra como o espírito e a carne lutam contra si em uma pessoa. Ele se dá como exemplo, de maneira que, nós podemos aprender como matar o pecado dentro de nós. Ele dá tanto ao espírito e a carne o nome de “lei”, de maneira que, assim como é na natureza da lei divina para guiar uma pessoa e fazer mandamentos para ele, assim também a carne guia e requer e se enfurece contra o espírito e quer ter seu próprio caminho. Da mesma maneira o espírito guia e requer contra a carne e quer ter seu próprio caminho. Esta guerra permanece dentro de nós ao longo de nossa vida, em uma pessoa mais, em outra menos, dependendo de que o espírito ou a carne seja mais forte. Ainda todo ser humano é tanto: espírito e carne. O ser humano luta com ele mesmo até que ele se torne completamente espiritual.
No capítulo 8, São Paulo conforta os tais lutadores dizendo para eles que esta carne não pode trazer condenação. Ele vai adiante para mostrar o que a natureza da carne e do espírito são. Espírito, ele diz, vem de Cristo, o qual nos deu seu Espírito Santo; o Espírito Santo nos faz espiritual e reprime a carne. O Espírito Santo nos assegura que nós somos filhos de Deus não importa tão furiosamente o pecado possa assolar dentro de nós, tão longo nós seguimos o Espírito e lutamos contra o pecado para matá-lo. Porque nada é tão efetivo em mortificar a carne como a cruz e o sofrimento, Paulo nos conforta em nosso sofrimento. Ele diz que o Espírito, [cf. nota anterior sobre o significado do “espírito”.] o amor e todas as criaturas serão levantadas por nós; o Espírito dentro de nós geme e todas as criaturas junto conosco em que nós sejamos libertados da carne e do pecado. Assim nós vemos que estes três capítulos, 6, 7 e 8, todos lidam com a obra da fé, o qual está para matar o velho Adão e para reprimir a carne.
Nos capítulos 9, 10 e 11, São Paulo nos ensina sobre a eterna providência de Deus. É a fonte original que determina quem deveria acreditar ou não, quem poderia ser livre do pecado e quem não pode. Tais assuntos têm sido lançados fora de nossas mãos e são colocadas nas mãos de Deus de maneira que nós devamos nos tornar virtuosos. É absolutamente necessário que isso seja assim, pelo que nós somos tão fracos e incertos de nós mesmos que, se isso dependesse de nós, nenhum ser humano seria salvo. O diabo nos venceria a todos nós. Mas Deus está resoluto; Sua providência não falhará, e ninguém pode impedir sua realização. Por esta razão nós temos esperança contra o pecado.
Mas aqui nós devemos tapar a boca daqueles espíritos sacrílegos e arrogantes que, simples iniciantes como eles são, trazem suas razões para tolerar este assunto e doutorar-se, de suas posições exaltadas, para provar o abismo da providência divina e inutilmente se perturbam sobre tanto se eles são predestinados ou não. Estas pessoas devem com certeza se precipitar para as suas ruínas, desde que eles tanto se desesperarão ou abandonarão a eles mesmos para uma vida de probabilidades.
Você, entretanto, deve seguir o raciocínio desta carta na ordem em que é apresentada. Fixe sua atenção, primeiro que tudo, no Evangelho de Cristo, de maneira que você possa reconhecer seu pecado e a Sua graça. Então lute contra o pecado, como o capítulo 1-8 tem lhe ensinado a fazer. Finalmente, quando você tem chegado, no capítulo 8, debaixo da sombra da cruz e da dor {sofrimento}, eles lhe ensinarão, nos capítulos 9-11, sobre a providência e que conforto ela é. [O contexto aqui e na carta de São Paulo se faz claro que isto é a cruz e a paixão, não somente de Cristo, mas de cada cristão.] Longe do sofrimento, da cruz e das angústias da morte, você não pode lidar com a providência sem dano para você mesmo e sem ira secreta contra Deus. O velho Adão deve estar quase morto antes que você possa suportar este assunto e beber este vinho forte. Por esta razão tenha certeza de que você não beba vinho enquanto você ainda é um bebê de peito. Há uma medida adequada, hora e idade para entendimento de toda doutrina.
No capítulo 12, São Paulo ensina a verdadeira liturgia e faz a todos os cristãos sacerdotes, de maneira que eles possam oferecer, não dinheiro ou gado, como os sacerdotes fazem na Lei, mas os seus próprios corpos, por colocar seus desejos para a morte. Adiante, ele descreve a conduta externa de Cristãos cujas vidas são governadas pelo Espírito; ele fala como eles ensinam, pregam, ordenam, servem, dão, sofrem, amam, vivem e atuam para os amigos, inimigos e a todos. Estas são as obras que um Cristão faz, pelo que, como eu tenho dito, fé não é negligência.
No capítulo 13, São Paulo ensina que devemos honrar e obedecer às autoridades seculares. Ele inclui isto, não porque isso faz as pessoas virtuosas à vista de Deus, mas porque isso realmente garante que o virtuoso tem paz externa e proteção e que o perverso não pode fazer o mal sem temor e numa paz sem perturbação. Por esta razão isto é o dever de uma pessoa virtuosa em honrar a autoridade secular, mesmo que, rigorosamente falando, eles não precisam disso. Finalmente, São Paulo resume tudo em amor e ajunta tudo isso no exemplo de Cristo: o que ele tem feito por nós, nós devemos também fazer e seguí-lo.
No capítulo 14, São Paulo ensina que devemos cuidadosamente guiar aqueles com a consciência fraca e poupá-los. Não devemos usar a liberdade Cristã para prejudicar mas melhor ainda para ajudar o fraco. Onde isso não é feito, segue-se a dissensão e desprezo ao Evangelho, no qual tudo mais depende. É melhor conceder caminho um pouco para os fracos na fé até que eles se tornem mais forte, do que ter o ensinamento do Evangelho perecer completamente. Esta obra é uma obra particularmente necessária de amor especialmente agora quando as pessoas, por comer carne e por outras liberdades, são atrevidos, ousados e estão desnecessariamente abalando suas consciências fracas o qual ainda não tem vindo a conhecer a verdade.
No capítulo 15, São Paulo menciona Cristo como um exemplo para mostrar que nós devemos também ter paciência com o fraco, mesmo com aqueles que falham por pecar publicamente ou por sua moral repugnadas. Nós não devemos expulsá-los mas devemos conduzi-los até que eles se tornem melhores. Esse é o caminho com que Cristo nos tratou e ainda nos trata todos os dias; ele conduz pacientemente com nossas imperfeições, nossa moral enfraquecida e todas as nossas imperfeições, e ele nos ajuda incessantemente. Finalmente Paulo ora pelos Cristãos em Roma; ele os elogia e os recomenda a Deus. Ele aponta seu próprio ministério e a mensagem que ele prega. Ele faz uma discreta súplica por uma contribuição para os pobres em Jerusalém. Amor puro é a base de tudo que ele diz e faz.
O último capítulo consiste em saudações. Mas Paulo também inclui uma saudável advertência contra as doutrinas humanas as quais são pregadas ao lado do Evangelho e que fazem uma grande distribuição de danos. É como se ele tivesse claramente visto que por causa de Roma e através dos romanos viria os livros Canônicos e Decretos distorcidos e destruidores com todos agrupamentos e colônias de leis humanas e mandamentos que está agora afogando todo o mundo e tem rasurado esta carta e todas as Escrituras, também o Espírito e a fé. Nada sobra exceto o ídolo do Ventre {idol Belly, Belly=abdômen}, e São Paulo descreve em palavras aquelas pessoas aqui como servos de seus próprios ventres. Deus nos resgata deles. Amem.
Nós achamos dentro desta carta, então, o ensinamento mais rico possível sobre o que um Cristão deva conhecer: o significado da lei, Evangelho, pecado, punição, graça, fé, justiça, Cristo, Deus, boas obras, amor, esperança e a cruz. Nós aprendemos como nós estamos prontos para atuar a favor de todos, a favor do virtuoso e do pecador, a favor do forte e do fraco, dos amigos e inimigos, e a favor de nós mesmos. Paulo baseia tudo firmemente na Escritura e prova seus pontos com exemplos de sua própria experiência e dos Profetas, de maneira que nada mais possa ser desejado. Por esta razão parece que São Paulo, ao escrever esta carta, quis compor um sumário de tudo do ensinamento Cristão e evangélico o qual poderia também ser uma introdução para todo o Velho Testamento. Sem dúvida, seja quem for que pegue esta carta para possuir de coração a luz e o poder do Velho Testamento. Por esta razão cada e todos os Cristãos devem fazer desta carta o objeto habitual e constante de seu estudo. Deus nos garante sua graça para fazer assim. Amém.
“Vorrede auf die Epistel S. Paul: an die Romer” in D.Martin Luther: Die ganze Heilige Schrifft Deutsch 1545 aus new zurericht,ed. Hans Volz and Heinz Blanke. Munich: Roger & Bernhard. 1972, vol. 2, pp. 2254-2268.
Notas de tradução: O texto dentro dos quadros [ ] são apenas explicativos e não faz parte do prefácio de Lutero, assim como os textos em{ } que foram usados pelo tradutor brasileiro. O termo justo, justiça e justificar são sinônimos dos termos reto, retidão e se tornar reto. Ambas as traduções são comuns do alemão “gerecht” e palavras correlatas. Uma situação similar existe na palavra fé, que é sinônimo de crença, do alemão “Glaube”. Assim, “Nós somos justificados pela fé” é sinônimo de “Nós somos feitos retos pela crença”.
Esta tradução foi feita {em inglês} pelo irmão Andrew Thornton, OSB, para o Programa Humanitário do Colégio Saint Anselm. (c) 1983 pela Comunidade Saint Anselm. Esta tradução pode ser usada livremente com a própria atribuição.
Tradução em Português pelo missionário Márcio Santos de Souza.