“Escandesceu-se dentro de mim o meu coração; enquanto eu meditava acendeu-se o fogo; então disse com a minha língua…” Salmos 39:3
A oração entre os cristãos evangélicos está sempre em perigo de degeneração, numa busca incessante pelo ouro. Quase todo livro sobre oração trata primariamente com o elemento “receber”. Como conseguir coisas que queremos de Deus ocupa a maioria do espaço. Ora, nós admitimos alegremente que podemos pedir e receber dons especiais e sermos beneficiados com a resposta à oração, mas nunca devemos esquecer que a qualidade mais alta da oração nunca é a composição de pedidos. A oração em seu momento mais santo é o entrar na presença de Deus, num momento de bendita união, de uma forma que faz com que os milagres pareçam enfadonhos e as respostas extraordinárias às orações algo muito menos admirável por comparação.
Homens santos de momentos mais sóbrios e quietos do que os nossos, conhecem bem mais o poder do silêncio. Davi disse, “Com silêncio fiquei qual um mundo; calava-me mesmo acerca do bem; enquanto eu meditava acendeu-se o fogo; então disse com a minha língua…”. Há uma dica aqui para os profetas modernos de Deus. O coração raramente pega fogo quando a boca está aberta. Uma boca fechada diante de Deus e um coração mudo são indispensáveis para a recepção de certos tipos de verdade. Nenhum homem é qualificado para falar se primeiro não ouvir.
Senhor ensina-me a fechar minha boca. Eu amo pregar; Tu tens me dado oportunidades para ensinar; eu sou chamado para dispensar avisos e conselhos. Mas o sentar em silêncio diante de Ti, com minha boca fechada – eu quase não faço o suficientemente. Amém.
Tradução livre: Felipe Neto