É sempre obra do Espírito Santo voltar os nossos olhos de dentro de nós mesmos para Jesus; mas a obra de satanás é exatamente o oposto, pois ele está constantemente procurando fazer-nos olhar para nós mesmos em vez de para Cristo. Ele insinua: “Teus pecados são grandes demais para perdão; tu não tens fé; tu não te arrependes o suficiente; tu nunca serás capaz de prosseguir até ao fim; tu não tens o gozo dos filhos de Deus; tu tens uma experiência tão vacilante de Jesus”. Todos estes são pensamentos em torno do “eu” e nunca acharemos conforto ou segurança olhando para dentro. Mas o Espirito Santo tira os nossos olhos inteiramente de nós mesmos: Ele nos fala que nada somos, mas que “Cristo é tudo em todos”; Lembra-te portanto de que não é a tua experiência de Cristo que te salva – é Cristo; não é o teu gozo em Cristo que te salva – é Cristo; não é nem mesmo a tua fé em Cristo, embora ele seja o instrumento – é o sangue e os méritos de Cristo; portanto, não olhes tanto para a tua mão com que estás segurando Cristo, mas para Cristo; não olhes para a tua esperança, mas para Jesus, a fonte de tua esperança; não olhes para a tua fé, mas para Jesus, o autor e consumador da fé. Nunca encontraremos felicidade olhando para as nossas orações, nossos atos ou nossos sentimentos; é o que Jesus é, não o que nós somos, que dá descanso à alma.
Jo. 1:16 – estas palavras nos dizem que há uma plenitude em Cristo. Há uma plenitude de bênçãos de toda sorte e tipo; uma plenitude de graça para perdoar, de graça para regenerar, de graça para santificar, de graça para preservar, de graça para aperfeiçoar. Há uma plenitude em todo tempo; uma plenitude de consolo na aflição; uma plenitude de direção na prosperidade. Uma plenitude de todos os atributos divinos de sabedoria, de poder, de amor; uma plenitude que seria impossível descrever e muito mais explorar. “Foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse”. Oh, que plenitude não deve ser esta de que todos recebemos! Plenitude, realmente, quando os rios estão sempre correndo e a fonte mana ainda tão rica, livre e plena como sempre. Vem, amado crente, e supre ali todas as tuas necessidades; pois esta “plenitude” é inesgotável e está entesourada onde todos os necessitados a podem alcançar, a saber, em Jesus, Emanuel – Deus conosco.